Este fim-de-semana o Gonçalinho e o seu trabalho sobre a censura vieram-me à cabeça quando, em Lousada (distrito do Porto) tentei comprar o Expresso e o Sol.
No quiosque central da vila, disseram-me que "os jornais Expresso e Sol que recebemos estão já todos reservados".
Na bomba da Galp, que "Ainda só recebemos o Expresso; o Sol só chega mais tarde." Eram 7h30 da manhã, note-se. Perguntei se podia reservar e passar mais tarde. "Ah, não, porque estão já todos reservados." Mulher burra. O que é que me interessa saber se já chegaram ou não, se não vou poder comprar nenhum?
Por esta altura, desisti. Lembrei-me dos meus tempos de miúdo (algures finais dos anos 70, inícios dos anos 80), quando íamos para a fila à porta da UCAL, para comprar leite, e havia racionamento do mesmo, pelo que só vendiam x litros a cada pessoa.
Talvez um dia mais tarde os meus filhos falem da altura em que se queria comprar um jornal e não se conseguia...
4 comentários:
Racionamento da UCAL? Conta, conta....
Ainda eras muito nova... :-)
Lembro-me de ir com o meu pai e com o meu irmão comprar leite, porque apenas se podia trazer acho que 2 litros por pessoa, e as filas eram grandes. E quem fosse mais tarde vinha de mãos a abanar...
O meu sogro conta muitas vezes de haver racionamento do bacalhau.
Na geração seguinte, parece que é o racionamento dos jornais...
É uma questão de pedir ao produtor (Empresa que gere o jornal) que produza mais. ;)
Estranhamente, não percebo se será bem assim; o marmelo do Sol dizia, se bem percebi, que na primeira edição iam fazer 165.000, que é a tiragem máxima (citado de memória).
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