É certo e sabido.
Quando se fala de sinistralidade rodoviária, a explicação é sempre rápida a aparecer: álcool e excesso de velocidade. Nunca é do nevoeiro. Nunca é da chuva. Nunca é do parque automóvel envelhecido e degradado. Acima de tudo, nunca é culpa do mau estado das estradas.
Nunca? Parece que não. O Ministro do Ambiente teve um acidente ontem. Não houve feridos, mas pelos vistos foi aparatoso: capotamento. Por uma vez, a notícia não diz que o acidente resultou de álcool, tão pouco do excesso de velocidade, mas da chuva que caiu. How convenient.
Ora o argumento habitual é que com chuva/nevoeiro/etc é preciso andar mais devagar, não é? Duas coisas vos digo: ontem à tarde andei de carro, apanhei chuva e não tive nenhum acidente. Se tivesse capotado com o carro, seguramente as notícias diriam que tinha sido devido ao excesso de velocidade.
10 de maio de 2008
9 de maio de 2008
Acordo ortográfico?
Destaque no Sapo: PJ: Novo director nacional promete não dar tréguas ao combate ao crime.
Isto quer dizer... que vai combater o combate ao crime? É portanto uma boa notícia para os criminosos, certo?
Isto quer dizer... que vai combater o combate ao crime? É portanto uma boa notícia para os criminosos, certo?
Tarada por Pinto?
Fui lá parar por acaso, e não pude deixar de ver. Os meus receios não se confirmaram; o Pinto era outro...
8 de maio de 2008
Coisas que muito me irritam - pseudo-debates televisivos
Cada vez tenho menos paciência para debates televisivos em que todos falam ao mesmo tempo. Hoje, perante a dificuldade de Mário Crespo (que talvez seja o melhor pivot televisivo em funções) em moderar a discussão, Maria de Belém e Telmo Correia interromperam-se à vez, e de forma incessante.
Isto não é fazer política, é fazer poluição [sonora].
Isto não é fazer política, é fazer poluição [sonora].
Coelho ao tacho...
Que decepção!
Hoje ouvi Pedro Passos Coelho, por quem nutro alguma estima da altura em que era líder da JSD, dizer que se for eleito líder do PSD irá convidar Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite para integrarem o grupo de deputados do parlamento.
Pareceu-me bem, ainda que à partida ele não pareça estar muito encaminhado para ganhar.
Só que em vez de se calar, continuou: "... e espero que, caso seja um deles a ganhar, que façam o mesmo no sentido contrário."
Ora esta pareceu-me mal, mesmo muito mal.
Afinal o que é que está em causa? O futuro do país? O futuro do partido? Ou apenas um lugar no parlamento?
Hoje ouvi Pedro Passos Coelho, por quem nutro alguma estima da altura em que era líder da JSD, dizer que se for eleito líder do PSD irá convidar Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite para integrarem o grupo de deputados do parlamento.
Pareceu-me bem, ainda que à partida ele não pareça estar muito encaminhado para ganhar.
Só que em vez de se calar, continuou: "... e espero que, caso seja um deles a ganhar, que façam o mesmo no sentido contrário."
Ora esta pareceu-me mal, mesmo muito mal.
Afinal o que é que está em causa? O futuro do país? O futuro do partido? Ou apenas um lugar no parlamento?
Parece haver algo no(s) Coelho(s) que os atrai, de forma irresistível para o(s) tacho(s)...
4 de maio de 2008
Bancos - essa corja
Por episódios e vivências diversas, não confio em bancos. Tristemente ou não, o Banco Alimentar não é excepção. Apesar de ser meu instinto tentar ajudar, acho que a minha obrigação está em ajudar os mais necessitados.
Acho que foi o ano passado que ouvi na rádio que "hoje em dia, ajudamos [o Banco Alimentar] pessoas das mais variadas profissões e (pasme-se) extractos sociais. Já temos por exemplo ajudado médicos que, porque se endividaram para comprar uma casa de férias, têm agora dificuldade em comprar comida ou roupa."
Recorda-me também o que dizia um saudoso amigo, que conhecia algumas "tias" que passavam fome o mês inteiro para depois fazerem uma grande jantarada no Casino.
Os meus impostos já são mal empregues em muita coisa - bairros sociais no centro da cidade são um bom exemplo - portanto, de facto não sinto a necessidade de dar, sem olhar a quem. Não sou nem parvo o suficiente nem cristão o suficiente.
Para gozar connosco, já há bancos que cheguem. Não era preciso mais este.
Acho que foi o ano passado que ouvi na rádio que "hoje em dia, ajudamos [o Banco Alimentar] pessoas das mais variadas profissões e (pasme-se) extractos sociais. Já temos por exemplo ajudado médicos que, porque se endividaram para comprar uma casa de férias, têm agora dificuldade em comprar comida ou roupa."
Recorda-me também o que dizia um saudoso amigo, que conhecia algumas "tias" que passavam fome o mês inteiro para depois fazerem uma grande jantarada no Casino.
Os meus impostos já são mal empregues em muita coisa - bairros sociais no centro da cidade são um bom exemplo - portanto, de facto não sinto a necessidade de dar, sem olhar a quem. Não sou nem parvo o suficiente nem cristão o suficiente.
Para gozar connosco, já há bancos que cheguem. Não era preciso mais este.
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