20 de setembro de 2007

Só quando se quiser retirar dos relvados...

No seguimento do comportamento de Cristiano Ronaldo no jogo Man-U vs SCP, Filipe Soares Franco terá dito que "Quando ele quiser, será presidente do Sporting". Entretanto, Sousa Cintra já veio dizer que não é FSF quem manda no Sporting, são os accionistas (perdão, os sócios).

PS: Este post não é de modo algum uma "farpa" a Rui Costa, que é um jogador que eu admiro, e cuja dedicação ao Benfica é, IMO, admirável.

Cristiano Ronaldo ou Simão Sabrosa?

Quando voltou a Portugal para jogar no Benfica (depois de andar aos caídos em Espanha, não sendo sequer convocado para jogar em equipas de segunda escolha), Simão Sabrosa achou que era aceitável e talvez divertido fazer piadas com os resultados do Sporting, clube que o fez nascer para o futebol.
Hoje à noite, Cristiano Ronaldo, jogador de referência no Manchester United (claramente uma das melhores equipas do mundo), marcou um golo contra o Sporting, clube que o fez nascer para o futebol. Em vez de comemorar efusivamente um golo (de resto, um bonito golo) marcado na Liga dos Campeões, Cristiano Ronaldo optou por fazer um gesto como que a pedir desculpa aos adeptos do Sporting. Foi aplaudido por todo o estádio. Quando foi substituído, recebeu dos adeptos do Sporting uma ovação de pé.

É por estas e por outras que eu me orgulho de ser Sportinguista.
Mais vale um jogador que vai às putas do que um jogador que é filho da puta.

19 de setembro de 2007

Fora da lei (de Moore)

O "Pai" da lei de Moore - o próprio Moore - diz que a sua lei deixará de se aplicar dentro de 10 a 15 anos. A lei de Moore, enunciada em 1965!, diz que o número de transístores num circuito integrado duplica aproximadamente a cada 18 meses. Esta estraordinária proposição (trata-se de uma progressão geométrica) verifica-se há mais de 30 anos.
Para o utilizador da microinformática, pouca diferença fará o fim dessa lei.

18 de setembro de 2007

Hypermiling - hiperquilometragem

Aí está um tema interessante: como fazer mais quilómetros com um litro de combustível. Há que poupar o ambiente, há que poupar a carteira!

17 de setembro de 2007

Novas oportunidades

Ouvi agora no noticiário Sócrates a falar inglês com George Bush. Temos abécula!

Richard Branson doa 200 mil dólares para apoiar os pais de Madeleine McCann

Ouvi na rádio e fiquei a pensar sobre o que devia pensar: Richard Branson doa 200 mil dólares para apoiar os pais de Madeleine McCann. Tinha também doado 200 mil dólares para o fundo para procurar a menina.
À primeira "vista", soou-me mal; afinal a única e inequívoca vítima, até agora, é a menina. Os pais presume-se que são inocentes; a menina sabe-se que é inocente.
Pensando melhor, achei que havia algo a admirar no acto. Se os pais estão inocentes -e presumivelmente estarão - então devem sentir que o planeta desabou sobre as suas cabeças quando a menina desapareceu, e de novo (noutra medida) com a suspeição que sobre eles se levanta).
Os McCann foram catalizadores de um circo mediático que, faltando combustível, os queima agora a eles. Bom, mas estando inocentes, fizeram o que quaisquer pais gostariam de conseguir fazer. Vamos julgá-los por isso?

Depois, vi a notícia na Internet, com mais pormenor. O dinheiro vai ser usado para pagar a defesa e as relações públicas da família. Ah... lá se foi a minha compreensão outra vez...

Parabéns ao Vurácio

Fez ontem 60 anos. "Estás atrasado um dia, dir-me-ão".
E eu digo que não. No caso das pessoas de quem gostamos, devemos comemorar os dias e não os anos.


Parabéns, Vurácio, pelos teus 60 anos e um dia. Que contes muitos.

Amor e ódio

Tive uma professora de Inglês no 10º ano que dizia que amor e ódio são sentimentos muito parecidos. Na altura, a coisa pareceu-me totalmente descabida. "Amor e ódio? Mas são o oposto um do outro!" Neste aspecto como em muitos outros, a vida tratou de me dar umas lições de humildade.

Quando gostamos de uma pessoa interessamo-nos por saber do que é que ela gosta e não gosta; pensamos muito tempo a pensar nela; agimos em função dessa pessoa; colocamo-la no centro do nosso mundo. É uma relação de grande intensidade; cria-se uma relação de dependência. Quando odiamos uma pessoa, notem, é exactamente o mesmo que se passa (ainda que as intenções sejam evidentemente diferentes). "Tornamo-nos escravos das pessoas que amamos, mas também das pessoas que odiamos", dizia essa professora.

Odiar uma pessoa é, pois, colocá-la num pedestal. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.

16 de setembro de 2007

Read my lips: Cavaco ainda vai condecorar Scolari...

Por uma razão que eu desconheço, é politicamente correcto ser condescendente em relação à atitude de Scolari no fim do jogo. Há até, pasme-se, quem encontre qualidades naquela manifestação.
Scolari deu um murro num jogador da equipa contrária. Se não acertou, como disse, foi porque falhou, o que não o desculpa. Podia ao menos ter emendado a mão (expressão curiosa para usar neste caso), tendo pedido desculpas imediatamente após o jogo. Não o fez; optou por tentar explicar o inexplicável.
"Ah, mas é que ele fez muito pelo país e pela selecção." Concordo, mas uma vez mais isso não o desculpa, nem tão pouco relativiza o acto. Carlos Cruz, parece (parece!), não justificou (alegados) actos de pedofilia na base de "eu prestei grandes serviços ao país, logo, posso bem abusar de uns putos". O que ele diz é que não praticou os actos.
Cavaco, esse, ultimamente não me surpreende. Uma no cravo, outra na ferradura. Condenou o acto em si, para logo de seguida o relativizar "diz-me que no campo as coisas são mais emotivas, que é diferente, e isso de facto eu não sei, porque vejo os jogos no sofá". Ora isto é idiota mas, tristemente, vindo do Rei do Politicamente Correcto, já não surpreende. Estou mesmo em crer que Cavaco é pessoa para lhe atribuir uma qualquer Grã Cruz.
Qual é a autoridade que Scolari tem, hoje, para condenar atitudes violentas dos jogadores?
Os jogadores e o treinador são, que eu saiba, dos profissionais mais bem pagos do país. O que Scolari fez (a atitude e as declarações posteriores) foram indignas de um profissional, logo, rua com ele.