Tive uma professora de Inglês no 10º ano que dizia que amor e ódio são sentimentos muito parecidos. Na altura, a coisa pareceu-me totalmente descabida. "Amor e ódio? Mas são o oposto um do outro!" Neste aspecto como em muitos outros, a vida tratou de me dar umas lições de humildade.
Quando gostamos de uma pessoa interessamo-nos por saber do que é que ela gosta e não gosta; pensamos muito tempo a pensar nela; agimos em função dessa pessoa; colocamo-la no centro do nosso mundo. É uma relação de grande intensidade; cria-se uma relação de dependência. Quando odiamos uma pessoa, notem, é exactamente o mesmo que se passa (ainda que as intenções sejam evidentemente diferentes). "Tornamo-nos escravos das pessoas que amamos, mas também das pessoas que odiamos", dizia essa professora.
Odiar uma pessoa é, pois, colocá-la num pedestal. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.
2 comentários:
Este post lembrou-me um aforismo do meu autor preferido:
"Aquele que vive de combater um inimigo tem interesse em o deixar com vida."
F. Nietzsche
E é c estes sábios conselhos de mano + velho q se vai ver a expo do corpo humano e se decide entao q "comer-lhe o namorado" é a melhor solução!ihihih
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