17 de março de 2007

As tangas do Ricardo (30)

Surrealista umas vezes, neo-realista outras.
O Ricardo queria companhia para adormecer.
Vou só buscar um brinquedo."
Na almofada dormiam já três crocodilos, um papa-formigas, um tigre, um burro, um papagaio. Um porco, um lagarto, uma tartaruga, uma ovelha. Só faltava a vaca ("Sabes, pai, a vaca tem maminhas").

"Ricardo, mas estes animais todos não me vão morder?"
"Claro que não, pai. Não vês que são brinquedos?"

Pequenos grandes problemas

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As tangas do Ricardo (29)

O Ricardo é de facto um miúdo com uma grande "imaginação visual", se é que tal termo existe.
Hoje pediu-me para lhe fazer uma torrada com manteiga e mel.
Olhou para a torrada, e disse: "Pai, é um monstro assustador!"
Deu duas dentadas, e declarou: "Olha, pai, é uma formiga."
Mais uma dentada, e: "É um carro."
Mais uma dentada, e: "É uma aranha."
Outra, e: "É um comboio."

16 de março de 2007

Pensamento do dia

Inspirado no estudo que tenho andado a fazer, e que apresento dentro de umas horas:

Torture numbers, and they'll confess to anything (Gregg Easterbrook)



Bom, o nosso estudo é sério (obrigado a quem ajudou, respondendo e reencaminhando inquéritos), mas hoje dei por mim a recordar esta frase...

Great Firewall of China

Interessante.
(Visto no A Arte da Fuga)

15 de março de 2007

"Bad day at the races.."

O que contraria o que diziam os senhores da marca No Fear: "Second Place is First Loser".

Às vezes, first place is first loser.

12 de março de 2007

Poder é puder

Alerta-nos o Gonçalinho para as tristemente habituais contradições nos nossos governantes. Político que é político, anda a 200 na auto-estrada, nem que seja a caminho de um debate televisivo sobre segurança rodoviária. Viola a lei eleitoral de forma reiterada. Assume compromissos que não tenciona cumprir. Político que é político, tanto escreve poder com "o" como com "u".

11 de março de 2007

Ao vivo e a cores: JCS

Além do primeiro blog da família, o Lóbi do Chá foi o primeiro blog que eu li com alguma atenção. Desde então, mantenho-me leitor fiel. "Quem será este JCS?" perguntei-me várias vezes. A partir do que li no blog, descobri então a verdade sobre esta personagem estraordinária. Aqui fica pois o que descobri. Quem conhece pessoalmente o JCS (repito que não é o meu caso) irá provavelmente arrepiar-se com o grau de rigor e exactidão aqui conseguidos! :-)

O José Carlos Santos, doravante chamado "JCS", é um homem dos seus 50-55 anos. Mais uns tempos e estará reformado, terminando uma carreira dedicada ao jornalismo (primeiro achei que era marketeer, só depois percebi que é jornalista). Trabalha actualmente no DN. O jornalismo que faz nunca lhe permitiu dar largas à imaginação. Para isso, tem o seu blog.

À noite, em casa, enquanto passa os dedos pela barba grisalha impregnada com o fumo dos dois maços de tabaco diários, pergunta ao seu amigo escocês (com duas pedras de gelo) por que razão o seu zapping acaba inevitavelmente num canal desportivo, ou a ver uma entrevista sem interesse. É talvez a tendência para a auto-destruição que caracteriza boa parte dos grandes filósofos/pensadores, e que também a ele o traz por vezes nostálgico, por vezes amargurado. Ou talvez o facto de que o coração e o cérebro nem sempre puxam no mesmo sentido.

O divórcio não foi fácil, e por muito que diga a si próprio que a coisa está ultrapassada, quem o conhece e está atento percebe que as feridas ainda não sararam. Felizmente, os amigos são dos bons, e não são poucos. Mantém-se um connoisseur do sexo feminino, na melhor tradição de Descartes:
"Womem: can't live with them, can't live without them."

Sempre se conheceu como um homem de direita, mesmo quando a maioria dos homens de direita de hoje eram ainda de esquerda. No CDS, nunca conseguiu a notoriedade que merecia, talvez por ser um homem que "corta a direito"; por vezes, a verdade que diz é "Uma verdade inconveniente" (C).