Surrealista umas vezes, neo-realista outras.
O Ricardo queria companhia para adormecer.
Vou só buscar um brinquedo."
Na almofada dormiam já três crocodilos, um papa-formigas, um tigre, um burro, um papagaio. Um porco, um lagarto, uma tartaruga, uma ovelha. Só faltava a vaca ("Sabes, pai, a vaca tem maminhas").
"Ricardo, mas estes animais todos não me vão morder?"
"Claro que não, pai. Não vês que são brinquedos?"
17 de março de 2007
As tangas do Ricardo (29)
O Ricardo é de facto um miúdo com uma grande "imaginação visual", se é que tal termo existe.
Hoje pediu-me para lhe fazer uma torrada com manteiga e mel.
Olhou para a torrada, e disse: "Pai, é um monstro assustador!"
Deu duas dentadas, e declarou: "Olha, pai, é uma formiga."
Mais uma dentada, e: "É um carro."
Mais uma dentada, e: "É uma aranha."
Outra, e: "É um comboio."
Hoje pediu-me para lhe fazer uma torrada com manteiga e mel.
Olhou para a torrada, e disse: "Pai, é um monstro assustador!"
Deu duas dentadas, e declarou: "Olha, pai, é uma formiga."
Mais uma dentada, e: "É um carro."
Mais uma dentada, e: "É uma aranha."
Outra, e: "É um comboio."
16 de março de 2007
Pensamento do dia
15 de março de 2007
"Bad day at the races.."
O que contraria o que diziam os senhores da marca No Fear: "Second Place is First Loser".
Às vezes, first place is first loser.
Às vezes, first place is first loser.
12 de março de 2007
Poder é puder
Alerta-nos o Gonçalinho para as tristemente habituais contradições nos nossos governantes. Político que é político, anda a 200 na auto-estrada, nem que seja a caminho de um debate televisivo sobre segurança rodoviária. Viola a lei eleitoral de forma reiterada. Assume compromissos que não tenciona cumprir. Político que é político, tanto escreve poder com "o" como com "u".
11 de março de 2007
Ao vivo e a cores: JCS
Além do primeiro blog da família, o Lóbi do Chá foi o primeiro blog que eu li com alguma atenção. Desde então, mantenho-me leitor fiel. "Quem será este JCS?" perguntei-me várias vezes. A partir do que li no blog, descobri então a verdade sobre esta personagem estraordinária. Aqui fica pois o que descobri. Quem conhece pessoalmente o JCS (repito que não é o meu caso) irá provavelmente arrepiar-se com o grau de rigor e exactidão aqui conseguidos! :-)
O José Carlos Santos, doravante chamado "JCS", é um homem dos seus 50-55 anos. Mais uns tempos e estará reformado, terminando uma carreira dedicada ao jornalismo (primeiro achei que era marketeer, só depois percebi que é jornalista). Trabalha actualmente no DN. O jornalismo que faz nunca lhe permitiu dar largas à imaginação. Para isso, tem o seu blog.
À noite, em casa, enquanto passa os dedos pela barba grisalha impregnada com o fumo dos dois maços de tabaco diários, pergunta ao seu amigo escocês (com duas pedras de gelo) por que razão o seu zapping acaba inevitavelmente num canal desportivo, ou a ver uma entrevista sem interesse. É talvez a tendência para a auto-destruição que caracteriza boa parte dos grandes filósofos/pensadores, e que também a ele o traz por vezes nostálgico, por vezes amargurado. Ou talvez o facto de que o coração e o cérebro nem sempre puxam no mesmo sentido.
O divórcio não foi fácil, e por muito que diga a si próprio que a coisa está ultrapassada, quem o conhece e está atento percebe que as feridas ainda não sararam. Felizmente, os amigos são dos bons, e não são poucos. Mantém-se um connoisseur do sexo feminino, na melhor tradição de Descartes:
"Womem: can't live with them, can't live without them."
Sempre se conheceu como um homem de direita, mesmo quando a maioria dos homens de direita de hoje eram ainda de esquerda. No CDS, nunca conseguiu a notoriedade que merecia, talvez por ser um homem que "corta a direito"; por vezes, a verdade que diz é "Uma verdade inconveniente" (C).
O José Carlos Santos, doravante chamado "JCS", é um homem dos seus 50-55 anos. Mais uns tempos e estará reformado, terminando uma carreira dedicada ao jornalismo (primeiro achei que era marketeer, só depois percebi que é jornalista). Trabalha actualmente no DN. O jornalismo que faz nunca lhe permitiu dar largas à imaginação. Para isso, tem o seu blog.
À noite, em casa, enquanto passa os dedos pela barba grisalha impregnada com o fumo dos dois maços de tabaco diários, pergunta ao seu amigo escocês (com duas pedras de gelo) por que razão o seu zapping acaba inevitavelmente num canal desportivo, ou a ver uma entrevista sem interesse. É talvez a tendência para a auto-destruição que caracteriza boa parte dos grandes filósofos/pensadores, e que também a ele o traz por vezes nostálgico, por vezes amargurado. Ou talvez o facto de que o coração e o cérebro nem sempre puxam no mesmo sentido.
O divórcio não foi fácil, e por muito que diga a si próprio que a coisa está ultrapassada, quem o conhece e está atento percebe que as feridas ainda não sararam. Felizmente, os amigos são dos bons, e não são poucos. Mantém-se um connoisseur do sexo feminino, na melhor tradição de Descartes:
"Womem: can't live with them, can't live without them."
Sempre se conheceu como um homem de direita, mesmo quando a maioria dos homens de direita de hoje eram ainda de esquerda. No CDS, nunca conseguiu a notoriedade que merecia, talvez por ser um homem que "corta a direito"; por vezes, a verdade que diz é "Uma verdade inconveniente" (C).
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