28 de julho de 2006

Colado ou pregado?


Citando a habitual fonte de 5 anos: "Mãe, como é que Jesus ficou preso na cruz? Colaram-no com Bostik, não foi?"

O tempo, medido em pêssegos


Enquanto começava a descascar um pêssego ao jantar, a Carolina (5) pegou-se com o mano (2). Aqui o Salomão chamou ambos à sua presença. O caso era dramático: ambos queriam o mesmo brinquedo!
Proferi então a sentença: "Bricas com isso até eu acabar o pêssego, depois dás ao mano."
Carolina: "Pai, deixa estar; pode brincar primeiro o mano." E entregou-lhe o brinquedo.
A suspeita instalou-se, pelo que perguntei: "Então, Carolina, querias tanto o brinquedo, porque é que o deste ao mano?"
Carolina: "É que eu sou muito esperta."
Eu: "Explica lá isso..."
Carolina: "Eu sei que demoras pouco tempo a comer o pêssego, portanto o mano vai brincar pouco tempo, e depois eu tenho muito tempo para brincar."
Confirmou-se a minha suspeita... :-)

Epílogo: Para quem porventura achar que me portei como uma abécula, e que era minha obrigação defender o mais pequeno da esperteza da mana, fica o registo da minha segunda suspeita, que também se confirmou: Quando terminei o pêssego, já o rapaz tinha trocado de brinquedo umas 4 vezes...

Pouco espertos


Quatro observadores da ONU mortos no Líbano em bombardeamento israelita.
Mas o que é que eles lá estavam a fazer? Se fossem bons observadores, há muito que teriam voltado para casa...

26 de julho de 2006


SPAMtoso


É espantosa a quantidade de lixo que recebo todos os dias por email. Hoje recebi 170 mensagens de SPAM, e ainda só é meio-dia. Claro que, com algum treino e apoio da tecnologia, não conto demorar mais de 5 minutos a peneirar o meu Outlook e mais concretamente a pasta chamada "Junk Email" na qual tenho 1300 mensagens, acumuladas dos últimos dias.
É por essa razão que pertenço ao grupo restrito de pessoas que esperam ansiosamente que surjam os sistemas de email com pagamento de envio (micro-pagamento ou nano-pagamento, na verdade) que se crê que venham a limitar esta praga.
E esta praga está agora nos blogs, infelizmente. Porque não quero obrigar quem comenta os meus posts a fazer Login (claro que na verdade só o Gonçalinho do Strix Aluco e a Elise do Letters from Elise comentam, mas quem sabe...) e acho detestáveis os esquemas de validação alternativos, o que sucede é que vou passar a eliminar comentários que não acrescentem valor e/ou sejam formas descaradas de publicidade a outros sites ou blogs. Acho obviamente normal que quem comenta tenha um link para o seu blog; o que acho mal é que se escreva algo com o único propósito de colocar esse link.
Tal como no caso do terrorismo, acho importante cortar os incentivos a quem nos quer mal. Penso/espero que todas as três pessoas que lêm este blog gostem desta medida!

25 de julho de 2006

Bolonha


O tratado de Bolonha tem sido visto por muitos alunos como uma forma de obter a licenciatura em três anos, isto é, de ter menos trabalho. Em Setembro, com o avanço dos novos programas, vão acordar para uma dura realidade: em três anos, vão ter que fazer o trabalho de quatro anos, ou até mais.
Por parte dos professores, e até das estruturas universitárias, há a percepção de que surgem vários princípios interessantes, mas as dúvidas são mais que muitas. Este ano, vamos todos estar a aprender, também neste aspecto.
Pela minha parte, estive a preparar o programa da cadeira (acho que já não se chama assim) que vou dar. Um programa muito mais detalhado do que o habitual, e que vai obrigar a um trabalho de preparação (e depois de implementação) muito maior.
Ainda assim, penso que vai dar muito gôzo.

A Ministra da Informação


Recentemente a Ministra da Educação comentava a propósito da repetição de exames que quem vinha do curriculum antigo não podia fazer o novo exame, por razões que são evidentes e que todos conhecem.
Ouvi, e pensei: "Para mim não são evidentes; não faço ideia de que se trata.".
O meu pai, professor do 3º ciclo, que ouviu a notícia ao meu lado, comentou: "Não faço ideia de que razões é que ela está a falar."
No momento seguinte, é pedida uma apreciação ao comentador que estava em estúdio para o efeito, e que diz algo como: "Não sei de facto quais são as razões a que a Ministra alude; era bom que as tivesse explicado."
Três pessoas diferentes, com envolvimentos diferentes, mas nenhum compreendeu as tais razões "que toda a gente compreende". Esta Ministra começa a parecer-se com um cruzamento entre Jorge Sampaio e o Riddler do Batman...