25 de julho de 2006

Bolonha


O tratado de Bolonha tem sido visto por muitos alunos como uma forma de obter a licenciatura em três anos, isto é, de ter menos trabalho. Em Setembro, com o avanço dos novos programas, vão acordar para uma dura realidade: em três anos, vão ter que fazer o trabalho de quatro anos, ou até mais.
Por parte dos professores, e até das estruturas universitárias, há a percepção de que surgem vários princípios interessantes, mas as dúvidas são mais que muitas. Este ano, vamos todos estar a aprender, também neste aspecto.
Pela minha parte, estive a preparar o programa da cadeira (acho que já não se chama assim) que vou dar. Um programa muito mais detalhado do que o habitual, e que vai obrigar a um trabalho de preparação (e depois de implementação) muito maior.
Ainda assim, penso que vai dar muito gôzo.

4 comentários:

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Em primeiro lugar, o chato aqui sou eu.
Em segundo, aqueles que vêem o curso, seja de quatro, seja de três anos, como uma forma de obter a licenciatura, vão-se ver à rasca com Bolonha, ponto. Se o método adoptado for algo parecido com o que é usado no UK, o curso deixa de ser um meio para ganhar estatudo ou prefixo, mas um meio para aprender alguma coisa, trabalhando ao longo do ano, sem recorrer de forma tão definitiva ao exame.
Infelizmente, não me parece que seja isso que vá acontecer em Portugal.
Sinto que entrei por área alheia a dentro... ;)

Aves Raras disse...

Caro Gonçalinho,
O conceito é que o curso serve para desenvolver competências, mais do que para adquirir conhecimentos.
Quanto ao exame, enquanto "Dia D", essa figura desaparece: há a exigência de que o exame pese no máximo 35% na nota final (não sei se é geral ou se é específica da minha Universidade). Na cadeira que dou, o exame vai valer 25% da nota (este ano valia 60%, o que mesmo assim já era relativamente baixo comparado com outras cadeiras, em que vale 100% ou quase).

Elise disse...

"há a exigência de que o exame pese no máximo 35% na nota final"

Vai ser giro! :p

Gonçalo Taipa Teixeira disse...

Estive 8 anos num curso de Biologia em que só me exigiam que decorasse matéria. As poucas competências que desenvolvi, foi graças a iniciativas extra-Universidade, e só uma delas teve algo a haver com um professor.
De resto, fico feliz em saber das novas, boas por sinal, que o Tratado de Bolonha traz.
(Já agora, e em jeito de vingança, "gozo" não tem acento ;)))