28 de julho de 2007

A CML, duas semanas depois

Costa, o Herói da noite
António Costa tornou-se presidente da CML com 29%, sendo aclamado pelo PS como um herói. Dois anos antes, Carrilho tinha sido colocado em ridículo e foi considerado o grande derrotado nas eleições para a mesma Câmara. Sucede que a diferença percentual de votos entre Carrilho e Costa foi de menos de 3%. A isso acresce que, por força da abstenção, em termos absolutos (não em percentagem), Carrilho teve mais votos em urna do que Costa.
Fica-me pois a dúvida. Se me cruzar com Carrilho, alguém levará a mal que o trate por "Senhor presidente"? Por via das dúvidas, se tal acontecer, limitar-me-ei a desviar o olhar (para a Barbie).

Carmona Rodrigues
Teve o meu voto. Pois é, eu sou desses que votam em bandidos (*). Pelos vistos, não sou o único. A abstenção recorde traz a sensação de que, de facto, ninguém se sentiu particularmente motivado por estas eleições.

Independentes
Gostava que os independentes o fossem, em vez de continuarem a ser elementos das estruturas do partido que não conseguiram o respectivo apoio. Ainda assim, o crescendo dos independentes é um fenómeno que muito me apraz observar.

Sá Fernandes
Depois de andar a fazer a vida um inferno aos lisboetas em questões como o túnel do Marquês (esse verdadeiro "poço da morte"), em prol das suas querelas político-partidárias, foi eleito com menos 2% de votos do que à dois anos. Se considerarmos que o Bloco de Esquerda é um partido mais militante do que por exemplo PS e PSD, fica a sensação de que, com menor abstenção, o mau resultado que teve teria sido ainda pior.

Marques Mendes
MM teve uma dupla derrota; viu o seu candidato quedar-se pelo terceiro lugar, e viu uma abstenção esmagadora, provando a falta de empatia dos lisboetas com a eleição. Ele é, verdadeiramente e cada vez mais, a arma secreta do PS.
Mostrou ser um homem de coragem. E bem agarradinho ao pouco poder que lhe resta. Só assim se percebe que não se tenha desde logo demitido.

(*) alegados bandidos!

Leitura de Verão

O Economista disfarçado
O livro é leve, bem disposto, engraçado. Uma genuína leitura de Verão.
Tem também algumas ideias que dão que pensar, nomeadamente sobre como a mão do Estado tem, normalmente, mais o condão de estragar e desvirtuar do que outra coisa. Um exemplo engraçado, tirado do livro: O Estado entende que a Educação não deve funcionar numa lógica de mercado porque, se assim fosse, os meninos ricos iam para as melhores escolas e os meninos pobres iam para as más escolas. Assim existem propinas mais ou menos standard entre as várias escolas. Parece justo, mas talvez não seja.
Uma das consequências é que, mesmo que os pais das escolas piores estejam dispostos a pagar mais em troca de melhor ensino, tal não lhes é possível; por essa razão, as piores escolas vão continuar a sê-lo.
O que (pelos vistos) também se verifica é que as casas nas zonas com melhores escolas se tornam mais caras, porque os pais com mais dinheiro, querendo ter os filhos nas melhores escolas, compram casa lá perto. O dinheiro que os pais estariam dispostos a investir no "mercado" da educação, para melhorar a escola, acaba por servir para inflaccionar o mercado do betão!

26 de julho de 2007

By the mouth dies the fish

Dizia a esposa, a semana passada: "Estas senhoras varrem, varrem, mas não limpam o chão. Isto está um nojo. Não deve ser lavado à mais de 15 dias."
Hoje, a senhora da limpeza veio, estávamos nós a almoçar. A senhora varreu, e depois começou a lavar o chão. Constata a Carolina, alto e em bom som:
"Estás a ver, mãe? A senhora está a lavar o chão. Tu dizias que nunca lavam o chão, mas não é verdade. Estás a ver?"

Talibã nos Açores

Dentro de uns dias, rumo aos Açores com os miúdos. Vamos ver a tia, a tal que não bloga, não quer blogar, e sabe-se lá se não terá raiva a quem bloga.
Tenho que ter especial cuidado para não me referir ao Ricardo como "O Talibã", pelo menos no avião e aeroporto...

Ricardo em férias, tangas sem férias

A razão para não contar mais histórias do Ricardo é a minha pouca frequência nas postagens, e quiçá a inveja por constatar que o "meu" Blog já é mais dele que meu. Como prova disso, o autor do Nevsky perguntava:
"Olha lá, não te importas que eu ponha umas histórias do Ricardo no Nevsky?"
Pela minha parte, a ajuda é bem vinda.

ALLbéculas

Este vosso criado encontra-se de férias no ALLGARVE, vai para doze dias. O blog, solidário, tem estado também de férias. Prometem-se, para os próximos dias (a começar hoje), relatos das várias aventuras. E comentários aos vossos comentários sobre o meu Post D...