O Economista disfarçado
O livro é leve, bem disposto, engraçado. Uma genuína leitura de Verão.
Tem também algumas ideias que dão que pensar, nomeadamente sobre como a mão do Estado tem, normalmente, mais o condão de estragar e desvirtuar do que outra coisa. Um exemplo engraçado, tirado do livro: O Estado entende que a Educação não deve funcionar numa lógica de mercado porque, se assim fosse, os meninos ricos iam para as melhores escolas e os meninos pobres iam para as más escolas. Assim existem propinas mais ou menos standard entre as várias escolas. Parece justo, mas talvez não seja.
Uma das consequências é que, mesmo que os pais das escolas piores estejam dispostos a pagar mais em troca de melhor ensino, tal não lhes é possível; por essa razão, as piores escolas vão continuar a sê-lo.
O que (pelos vistos) também se verifica é que as casas nas zonas com melhores escolas se tornam mais caras, porque os pais com mais dinheiro, querendo ter os filhos nas melhores escolas, compram casa lá perto. O dinheiro que os pais estariam dispostos a investir no "mercado" da educação, para melhorar a escola, acaba por servir para inflaccionar o mercado do betão!
1 comentário:
Se calhar... Ando à procura de um lvro não literário para este Agosto. Preciso variar um pouco dos romances e poesias...
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