29 de março de 2007

Read my links

Porque cá, como nos EUA, não nos devemos entusiasmar quando um político nos diz "Read my lips: NO MORE TAXES.", aqui fica um "Read my links (brought to you by Wikipedia)":
Lista de livros banidos, lista dos livros mais controversos (nos EUA) e por fim a censura em Portugal. Este último refere que Saramago saiu de Portugal para Lanzarote por considerar que um dos seus livros foi censurado, mas não refere a feliz coincidência de esta ilha ser um paraíso fiscal...

27 de março de 2007

O Ricardo faz hoje anos!

O Ricardo faz hoje anos. E as opiniões dividem-se: Nós estamos convictos de que ele faz 3 anos, ele insiste que faz um ano. E zanga-se com quem lhe diga outra coisa.

O caso da Esmeralda

Para mim, o caso Esmeralda não é importante. Também não é importante para o país. Este caso só é importante para uma mão cheia de pessoas. Para a Esmeralda, claro. Para alguns familiares (biológicos ou adoptivos), claro. Tudo o resto, meus amigos, é folclore, é show business.
Do ponto de vista da comunicação social, a Esmeralda é carne para canhão. É uma história triste, o que faz dela uma boa forma de fazer programas em cujos intervalos se vendem carros, bebidas, papel higiénico, crédito bancário e comida para cães. Fazer um Prós e Contras sobre a Esmeralda custa pouco, mas traz à RTP rios de dinheiro. Este dinheiro não vai servir para ajudar as Esmeraldas deste país, mas para pagar ordenados chorudos e mordomias a administradores da RTP. Para a TVI, SIC e RTP, a Esmeralda é uma máquina de fazer dinheiro. Ponto. Desde já respondo chamando "ingénuo" a quem me queira chamar cínico.
Esmeraldas, há muitas. Infelizmente.
Se as leis são um "pronto-a-vestir", e não um fato por medida, era bom que fosse discutido o que está mal no nosso sistema em geral (incluindo os processos de adopção e o funcionamento da justiça), em vez de andar tudo a discutir se o Sargento deve ou não estar na prisão e se o pai biológico é bonzinho ou mauzão.

26 de março de 2007

A Esmeralda do caso

Quem olha para este tipo de temas de uma forma desapaixonada, percebe (depressa) que há várias verdades, e não uma única verdade. O homem que vai "às meninas" e pede um teste de ADN para saber se o filho é seu está a fazer algo que, não sento poético nem romântico, é no mínimo sensato. E prudente. É que afinal o pai está em campo desde que a menina nasceu, ou perto disso (note-se que a menina foi registada como filha de pai incógnito).
O lugar de um sargento que desobedece a uma ordem de tribunal é a cadeia. Quem deve decidir sobre as atenuantes, que as haverá, e sobre a pena a aplicar, é quem tem informação e preparação para o assunto - os tribunais, e não a Dona Clotilde, que é funcionária dos CTT da Amadora.
Em circunstâncias normais, o Sargento fartava-se de apanhar sabonetes na cadeia, e acatava as ordens do tribunal. No entanto, ao que parece, o sargento tem as costas bem quentinhas, já que será (alegadamente?) próximo de Maria Barroso, que terá sido a primeira subscritora do tal de Habeas Corpus, de que toda a gente fala, sabendo ou não do que se trata. Do que ouvi e do que li, diria que é um bocadinho mais do que "Coitadinho dele, não devia estar preso. É tão boa pessoa!"
Quanto às famosas 10.000 assinaturas, servem para demonstrar o óbvio: somos um país onde há muita gente boa e ingénua, que assina um pedaço de papel, sem saber do que se trata, pensando que está a fazer algo de bom. Uma mentira, ou uma verdade, não deixam de o ser por serem repetidas 10.000 vezes.

Morangos com cicuta

Os portugueses mais burros de sempre:
- Os que votaram em Salazar como o Maior Português de sempre
- Os que votaram em Cunhal como o Maior Português de sempre
Mas, ainda mais do que estes,
- Os que na primeira parte do concurso votaram num actor dos Morangos com Açúcar como o Maior Português de sempre (ficou em oitenta-e-tal)

Heil, Salazar!

Quando Odete Santos diz que o programa da RêTêPê dos grandes portugueses serviu para "branquear o salazarismo", pergunto-me se não se arrisca a ser acusada de racismo...

Muita neve cai na serra (é tempo dela)

Um dia depois de a Carolina ter nascido, descobri o meu primeiro cabelo branco. 10 de Maio de 2001.
Ontem, a Carolina resolveu contar-me os cabelos brancos:
"1, 2, 3...28, 29, 40! Pai, tens 40 cabelos brancos!"
Lá argumentei que "Carolina, a seguir ao vinte e nove é o trinta, e não o quarenta."
"Então, pai, tens trinta cabelos brancos!"
Aqui fica o registo histórico. Um dia vou lembrar-me deste dia, provavelmente quando a Carolina me perguntar: "Pai, o que é que vem a seguir ao 399?"

Enquanto esse dia não chega, aqui fica a conta: 30 cabelos brancos, menos 5 anos de idade da Carolina, menos dois anos de idade do Ricardo - lá está - 23!