Costa, o Herói da noite
António Costa tornou-se presidente da CML com 29%, sendo aclamado pelo PS como um herói. Dois anos antes, Carrilho tinha sido colocado em ridículo e foi considerado o grande derrotado nas eleições para a mesma Câmara. Sucede que a diferença percentual de votos entre Carrilho e Costa foi de menos de 3%. A isso acresce que, por força da abstenção, em termos absolutos (não em percentagem), Carrilho teve mais votos em urna do que Costa.
Fica-me pois a dúvida. Se me cruzar com Carrilho, alguém levará a mal que o trate por "Senhor presidente"? Por via das dúvidas, se tal acontecer, limitar-me-ei a desviar o olhar (para a Barbie).
Carmona Rodrigues
Teve o meu voto. Pois é, eu sou desses que votam em bandidos (*). Pelos vistos, não sou o único. A abstenção recorde traz a sensação de que, de facto, ninguém se sentiu particularmente motivado por estas eleições.
Independentes
Gostava que os independentes o fossem, em vez de continuarem a ser elementos das estruturas do partido que não conseguiram o respectivo apoio. Ainda assim, o crescendo dos independentes é um fenómeno que muito me apraz observar.
Sá Fernandes
Depois de andar a fazer a vida um inferno aos lisboetas em questões como o túnel do Marquês (esse verdadeiro "poço da morte"), em prol das suas querelas político-partidárias, foi eleito com menos 2% de votos do que à dois anos. Se considerarmos que o Bloco de Esquerda é um partido mais militante do que por exemplo PS e PSD, fica a sensação de que, com menor abstenção, o mau resultado que teve teria sido ainda pior.
Marques Mendes
MM teve uma dupla derrota; viu o seu candidato quedar-se pelo terceiro lugar, e viu uma abstenção esmagadora, provando a falta de empatia dos lisboetas com a eleição. Ele é, verdadeiramente e cada vez mais, a arma secreta do PS.
Mostrou ser um homem de coragem. E bem agarradinho ao pouco poder que lhe resta. Só assim se percebe que não se tenha desde logo demitido.
(*) alegados bandidos!
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