Perguntaram a Manuela Ferreira Leite se aprovaria o casamento entre homossexuais. Respondeu que aceitava a união entre homossexuais, mas que havia que distinguir o que são coisas diferentes, e que o casamento tinha o propósito da "prócriação" (assim com acento, como ela o disse).
Sobre isto, várias observações.
1. Este é um tema em que Sócrates, claramente, responderá com maior á-vontade. Vá-se lá saber porquê.
2. Que eu saiba, o casamento não traz a obrigação de procriar - a não ser que seja o casamento católico, que não era o que estava em causa. Se assim fosse, deviam ser proibidos os casamentos entre pessoas sem idade/capacidade de "prócriar".
3. Dizia (salvo erro) Nuno Melo, do CDS/PP, e com muita razão: não é proibido o casamento de homossexuais; o que é proibido é o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Assim sendo, os homossexuais não podem objectivamente dizer que estão a ser discriminados. Também não é possível casar com um animal (*), com um morto...
Pouca gente há que não conheça alguém de quem se diga: "Sim, ele é casado e tem dois filhos. Mas é tão rôto que não engana ninguém."
4. Parece que os gays e as gayas ou são pouco imaginativos ou, então, aplicam a imaginação de outra forma; poderá haver uma forma imaginativa de contornar a limitação do ponto anterior.
Imaginemos que a Vanessa Costa casa com um Simão Sabrosa qualquer. Este, que gosta de mudar, muda de sexo. Passamos a ter uma Vanessa casada com uma Simone (keine beleidigung beabsichtig)... ou será que a mudança de sexo origina uma extinção imediata do casamento?
(*) Mesmo quando se diz que "a mulher do Júlio é uma vaca", ou "Rita, eu disse-te que fazias mal em casar com o Fagundes - ele é um porco", o animal não o é em sentido literal.
1 comentário:
Se calhar o erro está em o Estado ter alguma coisa a haver com o casamento, seja este entre homo ou heterossexuais. Digo eu, que nem sou casado.
Mas se me casasse, gostaria de o poder fazer só pela igreja, e mandar a sanção estatal às urtigas.
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