Hoje, toda a gente quer falar com a China. E não se pode dizer nada à China; os chineses não toleram bem a crítica. Não é assim que eles funcionam. As coisas têm que ser feitas de outra forma. Cooperamos, comerciamos, conferenciamos e, volta e meia, lá deixamos cair um comentariozinho:
"Sabem, não queremos intervir, não levem a mal, não se zanguem - mas talvez pudessem pensar um bocadinho em termos de direitos humanos. Bom, mas vejam lá. Se calhar não é oportuno falar disso agora. Podemos falar nisso daqui a quatro anos."
É uma vergonha, mas é assim. Hoje, é a Europa e não a China quem tem pudor e vergonha em falar, por exemplo, no massacre de Tiananmen.
A Europa que se considera culta, moderna, inteligente, sofisticada, esclarecida, preocupa-se com a pena de morte nos EUA, mas não em África ou na China. É que a China está tão na moda como está na moda dizer mal dos EUA e de Bush. E, enquanto os cães ladram, a caravana passa: das 1591 execuções registadas em 2006, 1010 tiveram lugar na China. Por comparação, os EUA registaram 56, estando em 6º lugar no ranking.
1 comentário:
Aqui, as estatísticas oficiais do Satã americano.
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