12 de abril de 2009

Media 2.0

Em Inglaterra, um alto funcionário relacionado com a guerra contra o terrorismo foi fotografado com uma lista que continha diversos indivíduos que estavam sob investigação por suspeita de terrorismo, tendo apresentado a sua demissão (se fosse por cá, saía para administrador de uma empresa de segurança com inúmeros contratos com o governo, é certo).

Não questiono que ele deva ser responsabilizado pela sua negligência, mas interrogo-me sobre quais os interesses defendidos pela liberdade de imprensa, neste caso. Eu diria que a notícia devia terminar no cabeçalho da lista, em vez de começar aí e de percorrer o resto da página.

Percebo que quando começamos a limitar a liberdade de expressão, fica sempre a questão de quem decide o que é e o que não é publicável, e o "superior interesse do estado", tal como o "superior interesse da criança", é uma justificação que poderá a partir daí ser usada e abusada. Acho no entanto inaceitável que se chegue a uma situação em que os "nossos" jornalistas funcionam como espiões "deles", com a vantagem - para "eles" que são intocáveis, inatacáveis, e pagos directa ou indirectamente pelo nosso bolso.

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