12 de maio de 2009

Doente, eu?

Sábado à noite, doía-me a cabeça e sentia-me mal disposto. "Foi de estar a tarde toda com os miúdos", pensei. Mas estava com 38.5 de febre. O Domingo foi pacato, por casa, e a febre manteve-se, sem grandes subidas ou descidas. A sensação geral era de mal estar, e sentia um "arfar", por vezes, ao inspirar.

Ontem, claro, fui trabalhar. Ao fim do dia fui ao Hospital da Luz, onde me disseram que teria que esperar no mínimo uma hora e meia para ser visto. Isso explica certamente porque é que eu disse que queria ir às urgências e me explicaram que era o "serviço de atendimento permanente" - como quem diz: para nós, nada é urgente. Desisti, e mais tarde acabei por ir à Cuf das Descobertas.

Diagnóstico: Pneumonia! "Você por acaso viajou, recentemente?" - não, respondi. Só dentro de Lisboa.
Antibiótico e mais umas coisitas, e com ordem para lá voltar na 6a feira, porque "nestas coisas, não gosto de facilitar" - disse o médico.

Hoje de manhã, ainda com febre, fui - claro - trabalhar. Como os meus clientes são os melhores do mundo, quando lá cheguei mandaram-me para casa. Só que - claro - como eles são os melhores do mundo, não fui.

Lá acabei por ir, quando a Ana olhou para mim e me disse: "Você está um bocado pálido".
"Sim, estou com uma pneumonia. Mas até nem me sinto mal..."
"Olhe que isso é muito perigoso! Não devia estar aqui! Cuidado com isso!" e por aí fora. Intimidou-me de tal modo que, já quase ao fim do dia, lá me vim embora.

Acho que posso dizer que, pelo menos até essa altura, a minha atitude face à pneumonia foi própria de um verdadeiro Black knight.

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