Vítor Constâncio é uma ofensa à nação.
Hoje, veio dizer que a supervisão do Banco de Portugal está ao nível das melhores do mundo. Suponho que a métrica que ele usa para esta comparação sejam os vencimentos dos presidentes. A esse nível, estamos equiparados aos "melhores".
Só que Vítor Constâncio não é o presidente de um Banco Central. Não é um Ricardo Salgado ou um Fernando Ulrich. É mais um Joaquim Costa, responsável de uma sucursal do BES, em Leiria. É apenas o Presidente de uma "delegação" do Banco Central Europeu.
Não é ele quem determina as taxas de juro. Não é ele quem desvaloriza ou emite moeda.
Qual é o trabalho que lhe compete? Uns tais de "estudos" e a supervisão bancária, a tal que ele diz que faz ao nível do que me melhor há no mundo. Isto, no país que tem um BPN e um BPP. Talvez ele esteja apenas a comparar-se com a banca do terceiro mundo.
Depois, hoje voltava à história de que não podemos culpabilizar o polícia pelos roubos do ladrão. Mais um disparate. Como é evidente, não só podemos como devemos. Afinal de contas, se a polícia existe para nos proteger, quando não nos protege faz sentido que queiramos apurar responsabilidades. Responsabilidades. Uma expressão desconhecida lá para os lados do Banco de Portugal.
Claro que a polícia não consegue evitar toda a criminalidade, e nós percebemos e aceitamos isso, até porque tem meios limitados. Meios limitados. Uma expressão desconhecida lá para os lados do Banco de Portugal.
Pergunto eu: se eu contrato - e pago a bom preço - um segurança para me tomar conta da loja, e a loja é assaltada, devo queixar-me do ladrão que me roubou uma vez? Ou devo queixar-me do segurança que nada fez? É que esse, pelos vistos, está a roubar-me todos os meses!
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