30 de julho de 2010

Pobreza de espírito

À entrada da praia, um senhor e uma senhora discutiam de foram exaltada. Parto do princípio, eventualmente errado, que o objecto da discussão era uma qualquer banalidade: Não vi ninguém esfaqueado no chão, nem vi nenhum grande ajuntamento, e a dois metros estava um polícia que assistia tranquilamente, sem intervir.
Dizia o senhor: "E eu tenho a Inês de Medeiros em minha casa, que não é uma pessoa qualquer."
E ela: "A Inês de Medeiros é uma cidadã igual a qualquer outra, não é mais, nem é menos."
Respondeu ele: "Não, porque a Inês de Medeiros tem acesso ao Primeiro Ministro."

Donde, segundo o tal senhor que está a hospedar a Inês de Medeiros, bastar-lhe-ia um telefonema para a Inês de Medeiros, para que esta telefonasse ao Primeiro Ministro, que enviaria um assessor para resolver a grave crise, na praia de Cabanas de Tavira.

Ora NEM EU tenho o Primeiro-Ministro em tão má conta...

E quanto à Inês de Medeiros...
Não é uma cidadã igual aos outros, é uma cidadã que reside no estrangeiro - mais precisamente, reside em Paris.
Dito isto, e se critiquei a questão da verba, observei também que a própria desistiu da mesma. Mais de livre vontade ou menos, o certo é que o fez.
Por outro lado, para quem apreciou o Henry & June, a irmã da Anaïs Nin não pode ser considerada uma pessoa igual às outras...

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