11 de setembro de 2006
J.B.
Almocei a semana passada com uma prezada amiga. No decorrer do almoço a conversa entrou no tema do 11 de Setembro. Eu fiz questão de ouvir muito mais do que o que falei. Rapidamente me foram servidas, em bandeja de prata, as chamadas "teorias da conspiração". As provas que me foram apresentadas foram:
Argumento:
- Está tudo na Internet. Já tudo foi provado, cientificamente.
(Não respondi)
- Veja a série "24". Está tudo lá. Aquilo passa-se mesmo assim.
(Argumentei que a série "24" é apresentada como uma obra de ficção)
- Aquilo são os israelitas. Foram eles que lá puseram o Bush
(Argumentei que Kerry foi o candidato que foi mais apoiado pelos judeus nos EUA)
- Olhe para a cara do Bush. Ele é o demónio. Veja as representações antigas do demónio; é a cara dele.
Nesta altura, deixei de argumentar. Perdi a compostura e comecei-me a rir. Fui então acusado de ser um carneiro que come o que lhe põem à frente e, com mais piada, fui depois chamado "judeu burro" (daí o J.B. do título do post).
Esta senhora foi minha chefe, e é agora minha Cliente. É alguém por quem tenho uma grande estima, que não fica de modo algum beliscada por estes piropos.
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3 comentários:
E os atentados seguintes, em Madrid e Londres, também terão as impressões digitais de Bush?
Eu até começo a acreditar que foi um antepassado de Bush, um tal de Maomé, quem fundou a religião muçulmana, para que uns séculos mais tarde a sua prole distante pudesse ter desculpa para brincar às guerras.
Isso é o mais bizarro. Eu estava nas instalações dessa Cliente quando chegou a notícia das explosões em Londres.
Comentário, imediato, da senhora: "Isto é o Bush. Está a querer justificar a guerra no Iraque e no Afeganistão."
De resto, ela diz que fez imediatamente o mesmo comentário aquando das Twin Towers. Mas esse eu não ouvi em directo.
A mulher é vidente, então...
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