31 de dezembro de 2007

Independência para pensar

Não gosto de Pacheco Pereira em muito do que ele diz mas, usando uma frase que se tornou num lugar-comum, agrada-me o facto de ele o poder dizer. O mesmo poderia dizer sobre Marcelo Rebelo de Sousa. Ou sobre Pedro Santana Lopes, quando era comentador.
No PS, é muito mais difícil encontrar este afastamento em relação ao que é o poder instalado no partido. Infelizmente, isso torna os programas ou debates em que entram membros do PS em máquinas de propaganda política, e não de propagação de ideias. Vejam-se os casos de António Vitorino, Jorge Coelho, José Magalhães ou da sempre patética Edite Estrela. Há, evidentemente, os dissidentes (como Manuel Alegre ou Helena Roseta), que o são mais por questões conjunturais do que por terem um pensamento próprio.
António Barreto sempre foi, e continua a ser, alguém que me dá prazer ouvir.

Três coelhos...


Na perversa troca de cadeiras que está em curso no BCP/Caixa, há três bancos nacionais que ficam mal vistos:
- O BCP de Jardim Gonçalves
- A CGD de José Sócrates
- O BP de Vítor Constâncio

9 de dezembro de 2007

Um Cliente satisfeito atrai novos Clientes...

Ah, o acesso ADSL da Vodafone... :-)

PS: Valores obtidos ligando-me via Wireless através de um router Wireless Linksys WAG-200

O que dizem os partidos de esquerda sobre a cimeira

Só ouvi estes; não tenho razões para crer que os outros tenham dito coisas muito mais acertadas. Mas aqui fica (citado de memória):
Jerónimo de Sousa dizia que "Os europeus estão a ser neo-colonialistas e a tentar dizer aos africanos como devem viver."
Desrespeito pelos direitos humanos, genocídios, ditaduras, maus tratos a mulheres, só preocupam o PCP quando estão associados aos EUA ou Inglaterra. Tratando-se de africanos, o que é mesmo, mesmo importante é respeitar a maneira de ser deles.

Louçã estava sobretudo preocupado com o Darfur. É preciso intervir no Darfur. O problema do Darfur, claro, é fácil de resolver:
1. Bush anuncia que vai enviar uma força de paz para o Darfur.
2. A Europa queixa-se em peso das intenções colonialistas dos EUA.
3. Os EUA anunciam que afinal não vão deslocar qualquer força militar para o Darfur.
4. Os europeus reclamam sucesso. Podemos todos dormir descansados porque dominámos essa ameaça à paz que são os EUA. Entretanto, em Darfur, continua a matança...

"Cavaco ofereceu um jantar, no Palácio da Ajuda, aos líderes Europeus e Africanos presentes na cimeira"

"O presidente da república Cavaco Silva oferece um jantar aos líderes Europeus e Africanos presentes na cimeira" - esta era uma das notícias de ontem à noite.
Eu teria dado a notícia de outra forma:
"O Rei Cavaco Silva foi anfitrião de um jantar, oferecido pelos impostos da classe média, aos bananas líderes das repúblicas europeias e aos líderes das repúblicas das bananas africanas."

Sobre a cimeira, do pouco mais de nada que sei, tenho mixed feelings; estou dividido entre a perspectiva de que negociar é não entrar em ruptura e procurar pontos comuns e a sensação de que amanhã, em África, nada terá mudado.

7 de dezembro de 2007

As tangas do Ricardo (48)

De manhã, ao vestir-se, o Ricardo lança uma bufa.
"Ricardo... o que foi isso? Deste um pum?"
"Não foi um pum, foi uma... buzina."

13 de novembro de 2007

As tangas do Ricardo (47)

Bom, esta não é propriamente uma tanga. É mais o último divertimento do Ricardo, "Fazer ligações" (sic). Há já quem diga que, este Natal, a melhor prenda que podem oferecer ao Ricardo é... um cordel!


12 de novembro de 2007

Bater nos filhos...

Pergunta filosófica que me assola o espírito, vezes sem conta: Em que circunstâncias é aceitável um pai (ou mãe) bater num filho?

A forma fácil, porventura algo cobarde, de travar a discussão é falar dos casos-limite. Queimar uma criança com pontas de cigarro é inaceitável. Claro. Uma palmadinha tipo "encosto de mão", não faz mal a ninguém. Claro. Claro, mas por isso mesmo, irrelevante. E o que fica no meio? E o dia-a-dia?

Sendo certo que bater num filho nunca é, em si mesmo, uma coisa boa, pode ou não justificar-se para evitar males menores? Que impacto é que as palmadas que dou ao Ricardo ou à Carolina podem ter, no curto, no médio e no longo prazo?

Muitas vezes sinto que falho, quando podia ter encontrado outra forma de dar a volta à situação. Há palmadas que representam uma capitulação de quem as dá, e já tenho dado por mim a fazer esta análise a posteriori. Como o sentimento de culpa é um sentimento altamente improdutivo, e inconsequente (como dizia (a) alguém), há que tentar analizar, racionalizar, aprender, melhorar.

O Ricardo e a Carolina são dois miúdos espectaculares. Não obstante, ambos são capazes de nos fazer perder a cabeça (mais um que outro, talvez, mas isso é irrelevante). Nessas circunstâncias, acho que dar uma palmada é perigoso (para ambos). Dito isto, sinto como imperiosa a necessidade de transmitir alguma disciplina e respeito, e não vejo que isso deva ou sequer possa ser adiado para uns anos mais tarde. É algo que tento levar em consideração.

Também sinto, quase sem excepção, que as intervenções exteriores são sempre calamitosas. Desastrosas. Contraproducentes. Se estou a repreender um dos miúdos e alguém intervém para dizer... "Deixe lá, eles são miúdos, deixe-os fazer o que eles querem", o ímpeto é o de reagir exercendo maior dureza, o que evidentemente também não tem qualquer sentido. É outro aspecto que tento levar em consideração, quando aplicável.

A nossa sociedade, ou pelo menos grande parte dela, tolera mal ou até muito mal uma palmada dada em público. Tolera bem melhor que um pai ofereça uma consola para entreter o chato do filho, raio do miúdo, que só pensa é em brincar.

Palmadas, em miúdo, apanhei qb. Das vezes em que "apanhei", só me lembro distintamente de uma - foi uma em que apanhei de forma... injusta. De facto, eu e o JT não tínhamos chamado "preta estúpida" à empregada. Não tínhamos mesmo, foi ela que inventou! O "juiz" que foi chamado a analizar o caso ponderou a probabilidade de estarmos a mentir para "salvar a pele" face à probabilidade de a (agora sim) preta estúpida estar a contar uma história totalmente fantasiada, e... decidiu mal. As outras, mais merecidas ou menos, mais necessárias ou menos, não me ficaram na memória.

Espero, por vezes com inquietude, que quando tiverem a minha idade o Ricardo e a Carolina olhem para trás e achem, como eu acho quando olho para trás, que não obstante as falhas que serão sempre muitas... a coisa correu bem.

10 de novembro de 2007

...and now for something completely different (espaço para o politcamente incorrecto)

Mandam as regras que nunca se vai para um motel com a legítima. Não só não tem piada, como pode causar sérias perturbações familiares...

Josefa não aguentou e teve de contar à sua amiga Lurdes:
- O teu marido foi visto num motel.
A Lurdes abriu a boca e arregalou os olhos. Ficou assim, uma estátua de espanto, durante um minuto, um minuto e meio. Depois pediu detalhes.
- Quando? Onde? Com quem?
- Ontem. No Discretu's.
- Com quem? Com quem?
- Isso eu não sei.
- Mas como era a gaja? Era alta? Magra? Loira? Pernas boas? Rabo grande?
Mamas arrebitadas...
- Não sei, Lu.
- O Carlos Alberto vai-mas pagar. Olaré, se me paga !!
Quando o Carlos Alberto chegou em casa, a Lurdes anunciou que iria deixá-lo.
E contou porquê.
- Mas que história é essa, Lurdes? Então não te lembras que quem era a mulher que estava comigo no motel eras tu, minha tonta !!!
- Claro que me lembro !! Maldita hora em que eu aceitei ir lá ao Discretu's dar uma rapidinha! Toda a cidade já sabe que tu estiveste lá com uma gaja !!! Ainda bem que não me identificaram...
- E agora?
- Agora ?? Agora vou ter que te deixar !! É óbvio? É o que todas as minhas amigas estão à espera que eu faça. Não sou mulher de ser enganada pelo marido e não reagir.
- Mas tu não foste enganada. Quem estava contigo era eu, o teu marido!
- Mas isso é pormenor e elas não sabem disso!
- Eu não acredito, Lurdes! Tu vais acabar o nosso casamento por causa disso?
Pelo que as outras mulheres pensam ???
- Vou!
Mais tarde, já quando a Lurdes estava a sair de casa, com as malas, o Carlos Alberto chamou-a. Estava sombrio, taciturno...
- Acabo de receber um telefonema - disse - Era o Mendes.
- O que ele queria?
- Fez mil rodeios, mas acabou por me contar. Disse que, como meu amigo, tinha que me contar.
- O quê?
- Que tu foste vista a sair do motel Discretu's ontem, com um homem, e que de certeza não foi coisa boa.
- O homem eras tu!
- Eu sei, mas eu não fui identificado.
- Mas não lhe disseste que eras tu?
- O quê? Para os meus amigos ficarem a pensar que vou a um motel com a minha própria mulher? Deus me livre de tal coisa!!
- E então?
- Desculpa, Lurdes, eu não queria, mas...
- Mas o quê???
- Vou ter que te dar uma carga de porrada...

5 de novembro de 2007

Referendar ou não referendar, eis a não-questão

A discussão sobre se o tratado constitucional europeu deve ou não ser referendado afigura-se-me como duplamente absurda, ie, ambos os lados têm uma posição algo absurda.

Parece-me evidente que Sócrates apenas fará referendo se sentir que não há qualquer risco de o perder. Nesse caso, avançará para o referendo auto-elogiando as suas qualidades de grande democrata.

Do lado do PS argumenta-se que o tratado é um texto complexo, pelo que os cidadãos teriam dificuldade em compreendê-lo, ainda que o tentassem ler. Argumenta-se que o parlamento é a sede própria para este tipo de decisão. Argumenta-se que o texto é diferente do anterior em aspectos fundamentais como - pasme-se - o hino e a bandeira (meros e inconsequentes símbolos).
Mas dizia eu que acho esta posição absurda, na medida em que o PS disse, durante a campanha legislativa, que levaria um tratado constitucional a referendo. Como o texto não se tornou mais complexo desde as legislativas, e como o PS não colocou diversos "mas" (tipo "referendamos, excepto se o texto for substancialmente alterado), torna-se evidente que está a dar o dito por não dito, isto é, que mentiu.

Eis pois a outra face do absurdo.
Sócrates ganhou eleições afirmando que não ia aumentar os impostos. Também aqui não disse "...excepto se a situação que encontrarmos...".
Sócrates ganhou eleições prometendo a criação de 150.000 postos de trabalho. Também aqui não disse que isso dependia do crescimento do PIB nacional ou europeu, ou das exportações, ou de qualquer outra coisa.
Agora, de repente, vejo alguma oposição muito satisfeita porque acham que Sócrates está encurralado, e que terá que fazer referendo ou admitir que mentiu. Porque é que desta vez isso lhe iria custar, pergunto?

"Doutor, preciso de ajuda"


Este é o nome de um programa da TVI, que enaltece a frivolidade e a superficialidade do ser humano. É um programa que, confesso, me complica com o sistema nervoso. Tanto quanto sei, ainda nunca apareceu uma mulher a dizer:
"Sabe, doutor, eu sou burra. Gostava que me ensinasse a derivar, sem usar o teorema de Cauchy." ou "Sabe, doutor, eu sou ignorante. Ensine-me por favor a história de Portugal do séc. XX."
O conceito é mais: "Sabe, doutor, eu sou feia. Gostava que me endireitasse os dentes (que o meu namorado entortou por acidente) e que me aumentasse as mamas (porque estou farto de que me olhem nos olhos quando falam comigo)."
Ora é bem sabido que não é por se ser feio que não se consegue, com esforço (e com o cartão partidário certo), chegar onde se quer - até a ministro.
Penso que seria pois mais adequado mudar o título do programa para algo mais honesto, e mais adequado ao público a quem se destina:
"Querido, mudei a tromba!"

31 de outubro de 2007

Culaboração?

"Spammers have created a Windows game which shows a woman in a state of undress when people correctly type in text shown in an accompanying image.
The scrambled text images come from sites which use them to stop computers automatically signing up for accounts that can be put to illegal use."

Genial: Um spammer quer fazer acessos automatizados, em massa, a um site que usa a técnica de ter imagens com caracteres de difícil reconhecimento automático. Como resolve ele a questão? Cria um jogo, no qual para despir a senhora temos que identificar... precisamente essas imagens.
Isto chama-se saber delegar; isto chama-se culaboração...

(lido aqui)

O futuro do (seu) Microsoft Office?

Mais baratos que o Office, mais online que o Office, serão estes os produtos que vamos usar no futuro, em vez do Office?

25 de outubro de 2007

JCS põe o dedo na Frida!

...ou pelo menos na ferida...
Ao rol que é grande e significativo, eu acrescentaria alguns dos outros disparates em curso:
- O ordenado do Presidente do Banco de Portugal, melhor, do chefe da sucursal portuguesa do Banco Central Europeu, esse homem sem partido que sabe fazer os fretes todos ao Governo, mas não sabe fiscalizar a actuação dos bancos nacionais...
- Os buracos crónicos de diversas empresas e serviços públicos...

Mas, claro, com a OTA e o TGV, temos a garantia de que o descalabro das despesas megalómanas continua. Diria mesmo que uma OTA está para o PIB português como uma televisão de Plasma está para o meu ordenado...

22 de outubro de 2007

Está alguém à escuta?

A minha primeira reacção às recentes declarações de Pinto Monteiro foi de espanto, isto porque o tinha em boa conta. De facto, as outras intervenções dele têm sido sensatas, equilibradas. As outras.

Após este espanto inicial, reconheci que talvez o que parece senilidade e paranóia seja apenas experiência. Afinal de contas, isso explicaria porque é que quando reclamamos junto de um operador de telemóveis por ter ruídos e interferências no nosso telefone eles inevitavelmente "actualizam o software" e nos devolvem o aparelho, rigorosamente na mesma. Pois agora torna-se evidente. O problema é das escutas, não dos aparelhos.

Também o ruído que oiço, que julgava ser proveniente do motor do carro, deverá ser fruto de uma escuta. Agora já sei; em vez de levar o carro à Renault, vou levá-lo à Polícia Judiciária.

Fiquei também a pensar se os ruídos no estômago que volta e meia oiço poderão ser resultado de uma maçã que tenha comido, na qual estivesse colocado um microfone. Neste último caso, no entanto, não me vou preocupar excessivamente. Ruídos mais recentes levam-me a crer que esta escuta estará de saída.

19 de outubro de 2007

As tangas do Ricardo (46)

Algures, em Lisboa, por volta das 23h...

Mãe: "Ricardo, vai-te deitar, que já é tarde e os meninos já estão todos a dormir."
Ricardo: "Não tenho nada que me deitar, que eu não sou pequenino. Sou grande."
Eu: "Olha, Ricardo, dá cá um beijinho."
Ricardo: "Porquê, pai? Vais trabalhar?"
Eu: "Não, Ricardo, tu é que te vais deitar."
Ricardo: "Pai, a tua barba [barba de fim de dia] pica."
Eu: Olha, Ricardo, se tu és grande, porque é que não tens barba?"
Ricardo: "Eu sou grande, mas não sou o Pai Natal!"

17 de outubro de 2007

Qual é o produto mais exportado pelos Estados Unidos?

Lembro-me de o meu tio Zé comentar que os produtos mais transaccionados a nível global não eram nem as armas nem o petróleo. A compra e venda de moeda (dólares, marcos, libras, etc) movimentava um valor superior a qualquer outro produto.
Hoje descobri, também com grande espanto (mas faz sentido), que o produto mais exportado pelos EUA é... a inflacção!

14 de outubro de 2007

Carolina ao vivo (8) ou... sobre(a)mesa?

"Queres comer uma laranja, ou preferes comer uma taça de leite-creme?"
Respondi à esposa com um "ar de hummm" em relação a esta última sugestão.
Intervém a Carolina, divertida: "Ah, papá, já percebi. Queres comer a mãe!"
O olhar era de inocência. Uff!...

"O que é que fizeste este fim de semana"?

Nada de especial. Um pouco disto e um pouco daquilo...
Ligação de switches, cabos cruzados, linhas de telefone, cravar fichas...
O termo técnico é... fim-de-semana de merda...

30 de setembro de 2007

Quem quer Sócrates no poder?

Há um partido que quer que Sócrates continue no poder. Corresponde a metade do PS somada a metade do PSD.

"Sir" Pinto Balsemão vs Ricardo Costa

Relativamente ao episódio da saída de Santana Lopes do estúdio da SIC Notícias (grupo Impresa), não ouvi a Pinto Balsemão um comentário, o que é verdadeiramente extraordinário. Não consigo imaginar que Balsemão se reveja na atitude de Ricardo Costa e companhia. É no entanto extraordinário que opte por uma atitude discreta em vez de procurar as luzes da ribalta.
Pinto Balsemão tem alma de jornalista; Ricardo Costa tem alma de entertainer (e sabemos que a SIC não tem os melhores entertainers). Talvez Balsemão venha a correr com Ricardo Costa, talvez eu esteja a ver mal a questão, e lhe manifeste o seu apoio. Num caso ou noutro, não o faz na praça pública; nao o faz à frente das câmeras.

Pedro Santana Lopes vs Mourinho

Sou pessoa pare ler um jornal Expresso duas semanas depois de sair. É portanto natural que demore uma semana a comentar um tema, quando esse tema já foi esquecido por todos.

Quando soube que Santana Lopes saiu a meio de uma entrevista na Sic Notícias, fiquei dividido. Gosto da pessoa, e percebo que se tenha sentido melindrado. Justificar-se-á a atitude? Afinal de contas, é assim tão grave ficar um minuto e meio à espera? Não terá sido um caso de "hipersensibilidade"? A chave para esta questão está, IMO, na atitude da SIC Notícias.

Com espanto, constatei que todos os comentários que iam sendo feitos eram favoráveis à sua atitude. Até, pasme-se, Pacheco Pereira veio defender essa atitude!

Observei também atentamente os comentários feitos pela SIC Notícias, nomeadamente pelo director de informação, Ricardo Costa. Ricardo Costa é um Opinion Maker travestido de jornalista. Esta é, de resto, uma doença habitual nos jornalistas. Não me espantou pois que tenha passado rapidamente de árbitro a jogador; gozou com o episódio, referindo-se ao facto de Santana Lopes ter usado da sua "habitual espectacularidade", e que não o surpreendeu. Ao comentar um episódio, revelou o que acha sobre Santana Lopes. Será Ricardo Costa isento para, amanhã, me apresentar informação sobre Santana Lopes? I don't think so.

Pelo que tenho lido, além de Ricardo Costa também os pivots da SIC Notícias se têm divertido a gozar com o episódio, com apartes do tipo de "um programa que nos reservamos o direito de interromper a qualquer momento, como de costume, se tal se justificar" ou comentários do tipo "Santana Lopes a deixar uma coisa a meio, o que não é a primeira vez que acontece". Esta última referência parece-me especialmente bom para entender o material de que são feitas as pessoas que as proferem.

O mandato de primeiro ministro a que claramente se alude, foi interrompido por Jorge Sampaio e não por decisão (demissão) de Santana Lopes.

Será o canal em que tudo isto se passa, a SIC Notícias, credível para nos falar sobre Santana Lopes? I don't think so

20 de setembro de 2007

Só quando se quiser retirar dos relvados...

No seguimento do comportamento de Cristiano Ronaldo no jogo Man-U vs SCP, Filipe Soares Franco terá dito que "Quando ele quiser, será presidente do Sporting". Entretanto, Sousa Cintra já veio dizer que não é FSF quem manda no Sporting, são os accionistas (perdão, os sócios).

PS: Este post não é de modo algum uma "farpa" a Rui Costa, que é um jogador que eu admiro, e cuja dedicação ao Benfica é, IMO, admirável.

Cristiano Ronaldo ou Simão Sabrosa?

Quando voltou a Portugal para jogar no Benfica (depois de andar aos caídos em Espanha, não sendo sequer convocado para jogar em equipas de segunda escolha), Simão Sabrosa achou que era aceitável e talvez divertido fazer piadas com os resultados do Sporting, clube que o fez nascer para o futebol.
Hoje à noite, Cristiano Ronaldo, jogador de referência no Manchester United (claramente uma das melhores equipas do mundo), marcou um golo contra o Sporting, clube que o fez nascer para o futebol. Em vez de comemorar efusivamente um golo (de resto, um bonito golo) marcado na Liga dos Campeões, Cristiano Ronaldo optou por fazer um gesto como que a pedir desculpa aos adeptos do Sporting. Foi aplaudido por todo o estádio. Quando foi substituído, recebeu dos adeptos do Sporting uma ovação de pé.

É por estas e por outras que eu me orgulho de ser Sportinguista.
Mais vale um jogador que vai às putas do que um jogador que é filho da puta.

19 de setembro de 2007

Fora da lei (de Moore)

O "Pai" da lei de Moore - o próprio Moore - diz que a sua lei deixará de se aplicar dentro de 10 a 15 anos. A lei de Moore, enunciada em 1965!, diz que o número de transístores num circuito integrado duplica aproximadamente a cada 18 meses. Esta estraordinária proposição (trata-se de uma progressão geométrica) verifica-se há mais de 30 anos.
Para o utilizador da microinformática, pouca diferença fará o fim dessa lei.

18 de setembro de 2007

Hypermiling - hiperquilometragem

Aí está um tema interessante: como fazer mais quilómetros com um litro de combustível. Há que poupar o ambiente, há que poupar a carteira!

17 de setembro de 2007

Novas oportunidades

Ouvi agora no noticiário Sócrates a falar inglês com George Bush. Temos abécula!

Richard Branson doa 200 mil dólares para apoiar os pais de Madeleine McCann

Ouvi na rádio e fiquei a pensar sobre o que devia pensar: Richard Branson doa 200 mil dólares para apoiar os pais de Madeleine McCann. Tinha também doado 200 mil dólares para o fundo para procurar a menina.
À primeira "vista", soou-me mal; afinal a única e inequívoca vítima, até agora, é a menina. Os pais presume-se que são inocentes; a menina sabe-se que é inocente.
Pensando melhor, achei que havia algo a admirar no acto. Se os pais estão inocentes -e presumivelmente estarão - então devem sentir que o planeta desabou sobre as suas cabeças quando a menina desapareceu, e de novo (noutra medida) com a suspeição que sobre eles se levanta).
Os McCann foram catalizadores de um circo mediático que, faltando combustível, os queima agora a eles. Bom, mas estando inocentes, fizeram o que quaisquer pais gostariam de conseguir fazer. Vamos julgá-los por isso?

Depois, vi a notícia na Internet, com mais pormenor. O dinheiro vai ser usado para pagar a defesa e as relações públicas da família. Ah... lá se foi a minha compreensão outra vez...

Parabéns ao Vurácio

Fez ontem 60 anos. "Estás atrasado um dia, dir-me-ão".
E eu digo que não. No caso das pessoas de quem gostamos, devemos comemorar os dias e não os anos.


Parabéns, Vurácio, pelos teus 60 anos e um dia. Que contes muitos.

Amor e ódio

Tive uma professora de Inglês no 10º ano que dizia que amor e ódio são sentimentos muito parecidos. Na altura, a coisa pareceu-me totalmente descabida. "Amor e ódio? Mas são o oposto um do outro!" Neste aspecto como em muitos outros, a vida tratou de me dar umas lições de humildade.

Quando gostamos de uma pessoa interessamo-nos por saber do que é que ela gosta e não gosta; pensamos muito tempo a pensar nela; agimos em função dessa pessoa; colocamo-la no centro do nosso mundo. É uma relação de grande intensidade; cria-se uma relação de dependência. Quando odiamos uma pessoa, notem, é exactamente o mesmo que se passa (ainda que as intenções sejam evidentemente diferentes). "Tornamo-nos escravos das pessoas que amamos, mas também das pessoas que odiamos", dizia essa professora.

Odiar uma pessoa é, pois, colocá-la num pedestal. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.

16 de setembro de 2007

Read my lips: Cavaco ainda vai condecorar Scolari...

Por uma razão que eu desconheço, é politicamente correcto ser condescendente em relação à atitude de Scolari no fim do jogo. Há até, pasme-se, quem encontre qualidades naquela manifestação.
Scolari deu um murro num jogador da equipa contrária. Se não acertou, como disse, foi porque falhou, o que não o desculpa. Podia ao menos ter emendado a mão (expressão curiosa para usar neste caso), tendo pedido desculpas imediatamente após o jogo. Não o fez; optou por tentar explicar o inexplicável.
"Ah, mas é que ele fez muito pelo país e pela selecção." Concordo, mas uma vez mais isso não o desculpa, nem tão pouco relativiza o acto. Carlos Cruz, parece (parece!), não justificou (alegados) actos de pedofilia na base de "eu prestei grandes serviços ao país, logo, posso bem abusar de uns putos". O que ele diz é que não praticou os actos.
Cavaco, esse, ultimamente não me surpreende. Uma no cravo, outra na ferradura. Condenou o acto em si, para logo de seguida o relativizar "diz-me que no campo as coisas são mais emotivas, que é diferente, e isso de facto eu não sei, porque vejo os jogos no sofá". Ora isto é idiota mas, tristemente, vindo do Rei do Politicamente Correcto, já não surpreende. Estou mesmo em crer que Cavaco é pessoa para lhe atribuir uma qualquer Grã Cruz.
Qual é a autoridade que Scolari tem, hoje, para condenar atitudes violentas dos jogadores?
Os jogadores e o treinador são, que eu saiba, dos profissionais mais bem pagos do país. O que Scolari fez (a atitude e as declarações posteriores) foram indignas de um profissional, logo, rua com ele.

13 de setembro de 2007

Bando de bandalhos

Relativamente à murraça que Scolari deu a um jogador Sérvio, os jogadores convocados emitiram um comunicado a divulgar o seu apoio incondicional ao Mister, "um hino à liderança, ao respeito e ao humanismo". Estão unidos. O que os une é a falta de profissionalismo e de fair play.

"Mas, e a emoção do futebol? E a pressão? E a emoção?" dizem-me vocês.

Caguei. São jogadores e treinadores profissionais, que ganham mais num ano do que eu ganharei a vida toda. Sucede que eu não dou murros a concorrentes, a clientes, a colegas, a patrões. Se Scolari entrasse na CGD, ou na TMN, e levasse um murro de um empregado mal pago por causa de um qualquer mal entendido, o homem era despedido ou não? O que é que dá a Scolari mais direitos? Não percebo.



Entretanto, um breve comunicado emitido por Sá Pinto, João Pinto, Fernando Couto e ainda Eric Cantona, diz simplesmente:

"Scolari, a dar murros, pareces uma menina!"

E depois de Scolari?

Ao dar um murro a um defesa da equipa adversária, após o jogo, Scolari mostrou hoje ser um verdadeiro português, no que ao futebol diz respeito. E ficou evidente que está na hora de partir. Já. De resto o momento é bom, porque há actualmente duas excelentes hipóteses para o substituir.

Podemos contratar o Dalai Lama para treinador. Será mais contido que Scolari. Era uma hipótese de apoiar o Tibete. Já que não há coragem política, que haja coragem desportiva. É quase certo que não iríamos ganhar coisa nenhuma mas, assim como assim, é pouco provável que ganhemos alguma coisa com outro treinador qualquer. Como represália, pode ser que a China retire todas as lojas de chineses de Portugal, essa praga dos tempos modernos.

Outra hipótese seria contratar a mãe da pequena Madeleine McCann. Quem consegue conter as emoções como ela (tenha a filha sido raptada ou tenha morrido por acidente, às mãos dos pais) parece-me que não teria dificuldades em controlar-se com um golo adversário, injusto que fosse.

Dalai Lama? Dai-lhe lama!

O Dalai Lama veio de novo em visita a Portugal.

Os nossos habituais amigos do PS, como José Sócrates, normalmente muito preocupados com as violações de direitos humanos em Guantanamo resolvem, na senda da coragem política demonstrada por Jorge Sampaio logo após o massacre da praça de Tiananmen (onde terão morrido mais pessoas do que nos atentados do 11 de Setembro), ou da relação fraternal de Mário Soares com o (agora ex-)terrorista Yassir Arafat, que é boa ideia não receber o Dalai Lama com honras de Estado. "Dai-lhe lama".

A pior coisa de que podem acusar o Dalai Lama é de proferir uma série de frases profundíssimas que inevitavelmente nos vão parar, volta e meia, à Inbox. Apesar de tudo, antes isso que Rolex, Viagra ou refinanciamento da dívida (outros temas recorrentes). Não me parece que em algum momento ele passe por terrorista, por assassino, por criminoso. É um instigador de massas, talvez, na linha desse famoso criminoso indiano - Mahatma Ghandi.

Os chineses não iam gostar. Afinal de contas, ele não é só um líder religioso; é também um líder político; o chefe de estado do Tibete, esse país que tanto mal tem causado à República Democrática da China. O Tibete, claro, é muito diferente de um outro território ocupado durante vários anos, chamado Timor, e pelo qual o PS tanto (e bem) se bateu. É que no Tibete não vivem timorenses. E o Tibete não tem relações históricas com Portugal. Por outro lado, a China comunista é nossa amiga e, dizem, até está a tentar tornar-se numa democracia. Já a Indonésia (mais próxima dos EUA), essa sim, era má.

A tão (auto-)apregoada coragem de Sócrates verifica-se face à Associação Nacional de Farmácias. Face aos nossos professores. Aos nossos polícias. Aos nossos médicos. Quando no entanto se fala da China, o caso muda de figura. Há que prestar vassalagem.
Os nossos ideiais são importantes, claro, mas não exageremos. Eles são chineses, e ainda iam ficar ofendidos.

12 de setembro de 2007

Início do ano lectivo assinalado com espectáculo folclórico

"Governo distribuiu cerca de dois mil portáteis a professores e alunos". O título, no Sapo, fez-me ir ver a notícia.
Descubro sem espanto que José Sócrates, primeiro-ministro, se juntou a Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da educação, no assinalar do ano lectivo, distribuindo computadores portáteis à sua direita e à sua esquerda.
Descubro, com grande espanto (sou mesmo ingénuo), que a eles se juntaram 13 secretários de estado e, pasme-se, seis outros ministros, a saber: Defesa, Justiça, Obras Públicas, Administração Interna, Economia e Assuntos Parlamentares.

Para quem acusa José Sócrates e os seus ministros de seguirem políticas de direita, fica claro que a herança da esquerda lá está, na pouco democrática arrogância que todos lhe(s) apontam e na fantástica máquina de propaganda.

P.S.: A foto foi tirada de um post do blog WeHaveKaosInTheGarden.blogspot.com.

11 de setembro de 2007

9 de setembro de 2007

McCannTV

Sobre o caso propriamente dito, pouco tenho a comentar, até porque não acompanho em detalhe. Choca-me o desaparecimento de uma criança de 3 anos.

Choca-me também que quem tem mais dinheiro não possa ser suspeito; choca-me que quando uma criança humilde desaparece os pais nem sejam autorizados pelo padre a acompanhar a procissão do Senhor dos Aflitos (caso do Rui Pedro de Lousada), enquanto que quando desaparece uma criança rica os pais consigam ir falar com o Papa. Choca-me que o caso do Rui Pedro tenha tido direito a mais minutos de televisão agora, por arrasto, do que quando desapareceu. Choca-me pagar, com os meus impostos, o trabalho durante meses de uma polícia de investigação que procura uma filha de um casal abastado que não soube contratar uma babby sitter para tomar conta dos três miúdos, quando em outros casos o esforço parece inexistente, ou quase.

Dizia alguém que isto (deixar filhos de 2-3 anos sozinhos em casa num país estrangeiro, para ir jantar fora com os amigos, é uma questão cultural. Admiti que fosse verdade.

Dizem-me por outro lado os noticiários em Portugal que a imagem que passa lá fora (Inglaterra?) é a de pais que estão a ser usados como bodes espiatórios por uma polícia que não é eficaz. Admiti que fosse verdade, ainda que eu não dê grande credibilidade aos nossos noticiários, sobretudo quando exprimem opiniões subjectivas em vez de factos objectivos.

Fui por acaso ao site da MSNBC e não só as notícias não beliscam em nada o trabalho da nossa PJ como, nos comentários, tudo parece estar revoltado contra a atitude dos McCann ("no mínimo, deviam ser acusados de negligência").

3 de setembro de 2007

As tangas do Ricardo (45)

Regressados das férias, estava a ver com o Ricardo uns desenhos animados em que aparecia uma baleia.
"Pai, a baleia é má?"
"Não, não é má." Deite-me no chão e disse: "Eu sou uma baleiaaaaa..."
"Ó baleia, tu és má?"
"Não sou má, mas estou triste."

PONTAPÉ NA CARA DA BALEIA!!!

"E agora, baleia, já estás contente?"

30 de agosto de 2007

Putin em tronco nú

dizia o outro: Glasnost (transparência). Acho é que toda esta transparência deve atrair muito bicho (e muito bicha). Acho também que se ele quer mostrar que é um homem a sério, basta-lhe ir passar umas férias à Chechénia, sem guarda-costas.

Mais um filme a NÃO ver

A apresentação diz que Georgia rule é um filme divertido sobre o "Generation gap" entre avó, mãe e filha. Não é. É um filme sobre uma rapariga que foi abusada pelo padrasto, entre os 14 e os 16 anos. E não é divertido; é uma seca. Todas as partes divertidas do filme são mostradas na apresentação, em dois minutos.

Duas horas de filme, em que se discute se a rapariga fez a acusação porque é mentirosa ou se foi mesmo abusada. E se quando desmente que tenha sido está agora a repor a verdade quanto a uma mentira brutal ou apenas a tentar que a mãe continue, feliz, com o padrasto que abusou dela.

Durante quase todo o filme a rapariga exibe umas saias que mostram tudo até os pêlos do pito, digo, do peito. Aos 14 não se é homem nem mulher; é-se criança. Já aos 25 ou 30, certas roupitas são um convite (porventura serão até uma ordem).

24 de agosto de 2007

Salga[nha]da

No fim das férias da Páscoa, a caminho de Lisboa, parámos numa estação de serviço da A1 para descansar e comer uma bucha.
[Normalmente não ligo nada a essas coisas, porque sou um homem sério, mas nesse dia] Apercebi-me da entrada de duas mulheres vistosas, que atravessaram a sala e foram para a esplanada, que estava vazia.
"Eu conheço esta cara", pensei. Ah, já sei quem é.
Peguei em papel e caneta, e fui ter com elas. Não para pedir o telefone (ver nota entre parêntesis rectos), mas para pedir um autógrafo. Mais bem pensado, e tinha pedido para ser endereçado aos leitores do Abéculas.

Simpática, sorridente e prestável, deu-me um autógrafo. E dois beijinhos. "Não dás também dois beijinhos à minha irmã gémea?" Dois segundos depois de ter descoberto que a rapariga tinha uma irmã, aí estava eu a fazer o protocolar cumprimento.

Ora uma rapariga que foi simpática comigo não merece o comentário, mas por outro lado depois do que se disse dela não é este que faz diferença. Nesse dia, quebrou-se um mito: afinal as putas também dão beijinhos!

Cinema 2007

Esta semana, aproveitando a ausência das crianças, fui duas vezes ao cinema. Tão cedo, acho que não volto. As reclamações são várias:

- Os filmes que fui ver: "A face oculta de Mr. Brooks" é melhor que "Paranóia", mas ambos são fraquinhos e algo parvinhos. A escolha dos filmes resulta sempre de um compromisso; estou certo que me teria divertido mais a ver "Die Hard 4" ou "Os Simpsons" (que não estava em exibição nas Amoreiras).

- No primeiro dia pagámos umas taxas de 50 centimos por bilhete por termos lugar VIP. "Quase todos os lugares da sala são VIP, portanto, na prática esta taxa acaba por ser obrigatória", explicou a senhora que vendeu os bilhetes.

- Em ambas as sessões tive que gramar com publicidade qb, incluindo o anúncio do MEO (o pior anúncio que vi nos últimos 2-3 anos), que de ambas as vezes me fez gumitar para o balde de pipocas do vizinho.

- Ontem fiquei sentado ao lado de uma vaca. Não, não dessas. Das outras; das ruminantes. O bife que estava ao meu lado regurgitava e ruminava pipocas como se não houvesse amanhã, fazendo tanto barulho que até as pessoas da sala ao lado estavam incomodadas.

- Pelos vistos, o objectivo hoje em dia do cinema é fazer as pessoas saltarem da cadeira. Como os argumentos são fraquinhos, e o suspense está ao nível do Hitchcock quando usava fraldas, o truque é de repente aumentar o som para o triplo do volume. O equivalente digital a gritar ao ouvido de alguém. Chama-se poluição sonora.

10 de agosto de 2007

Um dia de surf

Nos Açores, fomos ver o filme "Um dia de surf".
O filme é excelente. Recomendo vivamente aos miúdos, mas também aos graúdos. Acho impossível não soltar pelo menos uma sonora gargalhada com o frango.
De início o Ricardo não queria entrar, assustado com o "barulho" (o som estava manifestamente muito alto). Lá o convenci a entrar aos poucos. Entrou, viu e gostou. A Carolina, essa, esteve pregada à cadeira o tempo todo.

As tangas do Ricardo (44), Carolina ao vivo (7)

Partimos para os Açores na 6a feira passada. Colossal confusão no novo terminal da TAP. Nunca tinha visto um granel assim. Estive quase uma hora numa fila que praticamente não andava, enquando a do lado ia avançando. Saí do meio da fila para me colocar no fim da outra. Boa aposta, excepto que quando estava para ser atentido duas famílias resolveram que me queriam passar à frente, porque o voo deles tinha sido cancelado e lhes tinham dito que tinham prioridade para o voo seguinte. Um granel.
Com atraso considerável, embarcámos. O que fez o Ricardo, esse mestre do inesperado, durante a descolagem do avião para os Açores? O avião começa a rolar pela pista... olho para o Ricardo e... paf! Adormeceu! Desconfio que teria dormido de forma ininterrupta até à chegada mas, como o capitão nos autorizou a ir espreitar o cockpit, acordei-o para ir também. Desafiado a contar os botões dentro do cockpit, o Ricardo não se deixou intimidar. Apontando de forma errática para tudo e mais alguma coisa, contou: 1, 2, 3, 4, 5, 6. Seis botões.
A Carolina portou-se lindamente, e delirou com a aproximação aos Açores, que viu pela janela: a descida abaixo das nuvens, as casas pequeninas, o mar.

Carolina ao vivo (6)

"Tia [psicóloga] tu és... como é que se diz...
Pepsi Cola ?"

Como dar uma abada de 3-0 a uma espécie endémica dos Açores?


É procurar a cucaracha e dar-lhes c'o chinelo ou c'a vassoura na cabeça, até elas pararem de correr...

(o pé está ao lado só para dar uma noção da dimensão do animal!)

3 de agosto de 2007

Rumo aos Açores!

Estou prestes a rumar aos Açores, juntamente com os dois pequenos (sim, só nós os três, porque alguém tem que ficar cá a trabalhar, para pagar as viagens, né?). A Carolina estava algo apreensiva porque, apesar de já ter feito várias viagens de avião, tem visto notícias de acidentes. Eu expliquei-lhe que nós não vamos nos aviões que caem, vamos nuns que são muito bons e nunca caem. Penso que isto é o que se pode chamar uma mentira piedosa... :-)

Porquê Açores? Após mais de um ano de insistência minha, a mana que se recusa a blogar (tsk, tsk) lá se convenceu a convidar-nos para lá ir.

Pela minha parte, queria ir depressa, porque estou preocupado com o... Manuel Pinho! Se ele resolveu rebaptizar o Algarve para Allgarve por causa dos turistas estrangeiros, é uma questão de tempo até rebaptizar os Açores para algo mais saxónico, tipo... Ass Hores!

28 de julho de 2007

A CML, duas semanas depois

Costa, o Herói da noite
António Costa tornou-se presidente da CML com 29%, sendo aclamado pelo PS como um herói. Dois anos antes, Carrilho tinha sido colocado em ridículo e foi considerado o grande derrotado nas eleições para a mesma Câmara. Sucede que a diferença percentual de votos entre Carrilho e Costa foi de menos de 3%. A isso acresce que, por força da abstenção, em termos absolutos (não em percentagem), Carrilho teve mais votos em urna do que Costa.
Fica-me pois a dúvida. Se me cruzar com Carrilho, alguém levará a mal que o trate por "Senhor presidente"? Por via das dúvidas, se tal acontecer, limitar-me-ei a desviar o olhar (para a Barbie).

Carmona Rodrigues
Teve o meu voto. Pois é, eu sou desses que votam em bandidos (*). Pelos vistos, não sou o único. A abstenção recorde traz a sensação de que, de facto, ninguém se sentiu particularmente motivado por estas eleições.

Independentes
Gostava que os independentes o fossem, em vez de continuarem a ser elementos das estruturas do partido que não conseguiram o respectivo apoio. Ainda assim, o crescendo dos independentes é um fenómeno que muito me apraz observar.

Sá Fernandes
Depois de andar a fazer a vida um inferno aos lisboetas em questões como o túnel do Marquês (esse verdadeiro "poço da morte"), em prol das suas querelas político-partidárias, foi eleito com menos 2% de votos do que à dois anos. Se considerarmos que o Bloco de Esquerda é um partido mais militante do que por exemplo PS e PSD, fica a sensação de que, com menor abstenção, o mau resultado que teve teria sido ainda pior.

Marques Mendes
MM teve uma dupla derrota; viu o seu candidato quedar-se pelo terceiro lugar, e viu uma abstenção esmagadora, provando a falta de empatia dos lisboetas com a eleição. Ele é, verdadeiramente e cada vez mais, a arma secreta do PS.
Mostrou ser um homem de coragem. E bem agarradinho ao pouco poder que lhe resta. Só assim se percebe que não se tenha desde logo demitido.

(*) alegados bandidos!

Leitura de Verão

O Economista disfarçado
O livro é leve, bem disposto, engraçado. Uma genuína leitura de Verão.
Tem também algumas ideias que dão que pensar, nomeadamente sobre como a mão do Estado tem, normalmente, mais o condão de estragar e desvirtuar do que outra coisa. Um exemplo engraçado, tirado do livro: O Estado entende que a Educação não deve funcionar numa lógica de mercado porque, se assim fosse, os meninos ricos iam para as melhores escolas e os meninos pobres iam para as más escolas. Assim existem propinas mais ou menos standard entre as várias escolas. Parece justo, mas talvez não seja.
Uma das consequências é que, mesmo que os pais das escolas piores estejam dispostos a pagar mais em troca de melhor ensino, tal não lhes é possível; por essa razão, as piores escolas vão continuar a sê-lo.
O que (pelos vistos) também se verifica é que as casas nas zonas com melhores escolas se tornam mais caras, porque os pais com mais dinheiro, querendo ter os filhos nas melhores escolas, compram casa lá perto. O dinheiro que os pais estariam dispostos a investir no "mercado" da educação, para melhorar a escola, acaba por servir para inflaccionar o mercado do betão!

26 de julho de 2007

By the mouth dies the fish

Dizia a esposa, a semana passada: "Estas senhoras varrem, varrem, mas não limpam o chão. Isto está um nojo. Não deve ser lavado à mais de 15 dias."
Hoje, a senhora da limpeza veio, estávamos nós a almoçar. A senhora varreu, e depois começou a lavar o chão. Constata a Carolina, alto e em bom som:
"Estás a ver, mãe? A senhora está a lavar o chão. Tu dizias que nunca lavam o chão, mas não é verdade. Estás a ver?"

Talibã nos Açores

Dentro de uns dias, rumo aos Açores com os miúdos. Vamos ver a tia, a tal que não bloga, não quer blogar, e sabe-se lá se não terá raiva a quem bloga.
Tenho que ter especial cuidado para não me referir ao Ricardo como "O Talibã", pelo menos no avião e aeroporto...

Ricardo em férias, tangas sem férias

A razão para não contar mais histórias do Ricardo é a minha pouca frequência nas postagens, e quiçá a inveja por constatar que o "meu" Blog já é mais dele que meu. Como prova disso, o autor do Nevsky perguntava:
"Olha lá, não te importas que eu ponha umas histórias do Ricardo no Nevsky?"
Pela minha parte, a ajuda é bem vinda.

ALLbéculas

Este vosso criado encontra-se de férias no ALLGARVE, vai para doze dias. O blog, solidário, tem estado também de férias. Prometem-se, para os próximos dias (a começar hoje), relatos das várias aventuras. E comentários aos vossos comentários sobre o meu Post D...

12 de julho de 2007

Serviço Público

Serviço público no Abéculas - Lista de praias de nudismo.
Podemos até chamar-lhe... serviço púbico.

10 de julho de 2007

Enquanto o XP instala...




... eu passo o tempo: nível 16, and counting...

Métricas de acesso à Internet

A Nielsen muda as regras: o sucesso relativi de um site deixa de ser medido pelos Page Views; passa a contar Viewing time. Faz sentido, digo eu...

9 de julho de 2007

Razão dos chineses para a OPA sobre o Benfica

Ao contrário do que aconteceria com o Polto e com o Spolting, não serão gozados ao dizer "Benfica".

O que os chineses vão trazer ao SLBenfica:

Bilhetes a

O meu primeiro festival

Fez Sábado 8 dias, fui ao "O meu primeiro festival", em Oeiras. Aqui ficam os meus pensamentos sobre o tema.

1. Proposta de valor
A Carolina divertiu-se mais a brincar com a prima do que propriamente a ver os espectáculos. A certa altura, pareceu-me que podíamos ter antes ido para um pinhal e levado uma grafonola para criar o ambiente.


2. Acidente
Apanhei um valente escaldão: Cara, pescoço, braços. Graças aos óculos de sol, a zona dos olhos ficou branquinha. Moral da história: Bronze "à camionista" (ou ciclista) da cabeça para baixo, bronze "da neve" na cara.

3. Reabilitação de Isaltino
O Sonso e o Mafarrico fazem sempre papel de maus. Normalmente, acabam o episódio na cadeira. No festival, vimos outro lado da realidade: afinal o Sonso e o Mafarrico não são completamente maus. Às vezes fazem asneiras, travessuras, mas no fundo até são boas pessoas, e puseram as crianças todas a cantar com eles. Ora, lá está - em Oeiras, o que conta não é se a obra é boa ou má, mas se está feita ou não.


4. As Doce Mania
Conhecia de nome, mas nunca tinha ouvido. São uma espécie de clone das Doce, mas em tamanho pequeno. Acho que o conceito é de muito mau gosto. Porque não fazer uma "CarlosPaião mania"? Bem mais adequado ao imaginário infantil. Bem mais melodioso. Bem melhor.
Claro que as músicas das Doce apelavam aos sentimentos; só que não aos sentimentos que devem estar associados a crianças. Tenho muitas reservas quanto à associação de crianças a temas como o "Põe-me KO, se fores capaz", o "Bem bom" até às 8 da manhã e, claro, a "música mágica na tua [do Ali Babá] flauta encantada". Estes são apenas alguns exemplos dos temas fortes do Reinaldo das Doce (digo, do Reinado das Doce).

5. O helicóptero
Durante o espectáculo, andava um helicóptero por cima do recinto. Fosse isto em Gaza, e em trinta segundos o recinto teria ficado vazio...

6. Exercitar a futilidade (com o patrocínio da Zara??)
As Bratz cantavam algo como "We're pretty girls with a passion for fashion". Também neste caso pergunto: serão estes os valores que queremos incutir às nossas crianças?

7. Eficiência
A meio, fui comer um cachorro quente com a Carolina e a prima. Estavam 4 pessoas para ser atendidas pelas 20 pessoas dentro da tenda (Museu do Pão). Demorei 10 minutos, ou mais, a ver o meu pedido atendido. Dá para acreditar?

6 de julho de 2007

Joe Belaldo

Ouvi dizer que vai haver uma OPA chinesa sobre o Benfica, concorrendo com a de Joe Berardo. Não grandes fundos estrangeiros, não investidores internacionais de referência, não grandes empresários nacionais ou internacionais do desporto.
Algo de peculiar haverá numa empresa para ser disputada entre dois contendores tão sui generis...

Dia V+7

Considerando que a Varicela é claramente uma doença chata, muito chata, o Ricardo tem-se portado de forma verdadeiramente excepcional. Durante todos estes dias nunca deixou de dar pulos na beirinha do sofá, nunca deixou de nos contrariar em tudo ou quase ("Pai, eu não quero que ponhas pomada. Eu quero ter comichão!"), tem comido bastante bem, continua a dar porrada na irmã mais velha e continua a deitar-se à meia noite.
Pontualmente deita-se mais cedo (tipo 23h30), talvez por força do Atarax, que é suposto deixá-lo mais sonolento (efeito secundário).

A coisa está na fase das crostas. As borbulhas secaram, dando lugar a crostas. Supostamente é desta fase que podem ficar marcas. Estando as defesas mais fracas, por força da luta com a Varicela, o rapaz está mais propenso às infecções, e ao coçar as crostas estas tendem a ocorrer. Vamos ver entretanto se a coisa continua a correr bem, sendo que foi nos últimos dois dias que ele mais se queixou da comichão.

1 de julho de 2007

Católica, ma non troppo (2)

Se o post abaixo é um thumbs up, este é um thumbs down (não à Igreja de Deus, mas à Igreja dos homens)

A Carolina frequentou entre o 1 ano e os 5 anos de idade uma creche/jardim de infância que funciona integrado numa Igreja. No último ano, as coisas correram mal. A professora teve um esgotamento, e esteve de baixa quase desde o início do ano. Os pequenos estiveram sem professora (tinham uma auxiliar) a acompanhá-los quase até ao fim do ano (2-3 meses antes, entrou uma nova professora para cumprir o resto do ano). Pusémos a hipótese de a Carolina continuar lá, na expectativa de que seria acompanhada pela professora que entretanto ia regressar mas, não havendo absoluta certeza sobre se voltaria, optámos por inscrevê-la no pré-escolar da escola primária que irá frequentar. A responsável da escola desaconselhou-o, porque "A Carolina é muito sensível, vai sentir muito a mudança e vai ter dificuldade em adaptar-se. Mas vocês é que sabem." Ora este argumento "liquidou" qualquer hipótese de a Carolina lá ficar. Se tem dificuldades em adaptar-se, mais vale que mude já: muitos dos colegas sabíamos que iam sair, não tínhamos a confirmação de que a professora fosse a que queríamos (e de facto não foi) e, se ia haver dificuldade na adaptação (que nunca nos pareceu que fosse o caso) mais valia que não fosse na primeira classe, mas antes. Como tantas vezes verificámos, o que aconteceu foi bem diferente do que a directora nos tinha dito. A Carolina adaptou-se lindamente, e ao Sábado e Domingo às vezes até refila porque... quer ir para a escola!

Este ano lectivo (Set/2006) a professora de facto voltou, mas para acompanhar os meninos dos 2 anos, pelo que acabou por ser professora do Ricardo. Sempre conseguiu lidar com ele de uma forma que nós admirámos (talvez seja mais correcto dizer que invejámos...), num equilíbrio de meiguice com autoridade que a nós quase sempre nos escapa.

Em Março, soubémos que a Professora em causa iria sair da escola, no final do mês, por se ter incompatibilizado com a direcção. Após conversar com os pais, a professora disponibilizou-se acompanhar os meninos até ao fim do ano, ou pelo menos para acompanhar a transição para a nova professora. Tudo isso foi recusado pela direcção. Os pais foram falar com o prior da paróquia, que geriu a crise com grande mestria, de uma forma que só consigo classificar como hipócrita. Perante várias contradições apontadas e perante alguns cenários propostos que tentavam fazer uma transição suave, a bem das crianças, o prior assumiu uma postura do tipo "Estão a insinuar que eu não quero o melhor para as crianças?", chantagens como "Isto para nós é um grande esforço; se isto nos traz tantos problemas vamos ter que encerrar a escola." ou outras do tipo "Vocês não percebem isso porque não têm alguma informação que eu tenho mas não posso divulgar." No meio de tanta gestão da comunicação, ao nível do que de melhor José Sócrates poderia fazer, um ou dois pais ficaram convencidos; os outros continuaram no seu estado de revolta. Não tendo nós na altura alternativas, optámos por deixá-lo continuar. O Ricardo regrediu em vários aspectos, como quase todos os outros miúdos, conforme nós receávamos e avisámos o prior. Os que sempre quiseram ir para a escola, deixaram de querer. No caso do Ricardo, regrediu nos chi-chis de noite, no vestir-se e no comer, coisas que começava a fazer sozinho.

Pelo meio, a avaliação das crianças feita pela antiga professora não nos foi entregue, sendo que nos é prometida agora uma avaliação, feita pela professora que os acompanhou (apenas) desde Abril. Soubémos entretanto por outros pais que no Jardim Infantil é prática corrente os miúdos serem postos de castigo (fora da sala ou no jardim, de pé e de frente para o muro) e vivem num pânico permanente com esses castigos. O Ricardo, traquina como é, ia ter lugar cativo junto ao muro.

Este ano, claro, vai sair. Há duas opções, cada uma com os seus prós e contras, mas ambas serão seguramente muito melhores. É que, infelizmente, nem em toda a Igreja é evidente o espírito do "Deixai vir a mim as crianças."

Católica, ma non troppo (1)

A China quer, para reatar negociações com a Igreja Católica, duas "pequenas" cedências:
- Que a Igreja Católica corte relações diplomáticas com Taiwan,
- Que seja a China a ter o poder de nomear os membros do Clero (o colégio dos bispos na China está na dependência do Estado Chinês.

Dia V+2

Qualquer esperança que tenha existido de que "pode ser que ele tenha a sorte de ter apenas meia dúzia de borbulhas" revelou-se completamente infundada.
Há num entanto um receio que não se tem confirmado. Até ver, e Deus queira que se mantenha assim, o Ricardo tem pouca tendência para coçar as borbulhas, pelo que não se tem revelado mais difícil de aturar do que o costume. Valha-nos isso.
A medicação: Pomada Caladryl, aplicada directamente sobre as borbulhas. Atarax 2 vezes por dia. Zovirax(*) 5 vezes por dia. Ben-u-ron para a febre.

(*) A 26 euros a embalagem, o Zolvirax deve fazer muito bem - aos médicos e às farmacêuticas. Espero que também esteja a fazer bem ao pequenote...

Sim, quero ir ver!

Die Hard 4!

29 de junho de 2007

Dia V (2)


Primeira contagem de borbulhas (8h30): 3 na barriga. Aquilo nas costas talvez seja uma quarta.
Segunda contagem de borbulhas (10h00): 8 (barriga e costas; pernas por inspeccionar)
Terceira contagem de borbulhas (10h45): 12 (barriga, costas, pernas)

Dia V (1)

Hoje de manhã, ao sair para a escola, o Ricardo estava com ar adoentado. Febre? Talvez um bocadinho. Ao pegar nele, vi duas borbulhas na barriga. Outra mais acima.
O que fazer? Tão em cima, não há espaço para procurar uma solução!
A decisão: Vamos levá-lo para a escola. Estamos mesmo sem alternativa, vai ter que ser. Provavelmente confirmar-se-á que é varicela, e hão-de ligar para o irmos buscar, mas ganhámos algum tempo. É isso. Vai ter que ser isso.
Já à porta da escola, começámos a questionar se a decisão fazia algum sentido. Bolas, o rapaz está doente, não pode ir para a escola. Haverá coisas realmente mais importantes? Pronto, vou ficar eu com ele. Terá que ser.
A caminho de casa, o Ricardo (que tinha estado a ouvir a nossa conversa, na melhor tradição da Carolina), começa a desbobinar: "Os meninos quando têm varicela não podem ir para a escola, têm que ficar em casa."
Ora ia ser divertido ele fazer esta conversa, uns minutos antes (ou depois) de as educadoras constatarem que ele estava com Varicela.
Moral da história: "Para cada Pinóquio, existe um Grilo Falante."

27 de junho de 2007

Votos de rápidas melhoras...

...para o Gonçalo!

Arma secreta do PS para as eleições em Lisboa

Depois da monumental e incompreensível confusão de Fernando Negrão entre o que é o IPPAR, a EPAL e a EPUL, Marques Mendes deve estar a sentir-se ameaçado. De facto, é a primeira vez que alguém se mostra em condições de competir com Marques Mendes para a função de "arma secreta eleitoral do PS".

24 de junho de 2007

Dia (do post) "D"

Este é o post 500 no Abéculas. Parece-me fazer sentido um pequeno balanço, até porque não sei se chego aos 1000.
O que começou de forma muito tímida, por sugestão de um irmão e por vontade (necessidade?) minha de experimentar, passou de um espaço lido por 2-3 pessoas para, 500 posts e dois anos depois, ser um espaço lido por 3-4 pessoas. Dizer que este blog é dos leitores parece-me excessivo, mas é certo que não existiria se ninguém o lesse.
Fica pois o meu desafio a todos os leitores, incluindo aqueles que lêm mas nunca comentam: em que medida tem sido interessante ler o Abéculas? O que é que consideram mais engraçado/interessante/único? O que é que está bem e o que é que está mal?
Pelo meio, o jose nunca mais nos brindou com os seus posts. Tenho pena, e como tal aproveito para lhe devolver a pena (a tal que é mais forte que a espada).

21 de junho de 2007

Quem quer ser milionário?

Inspirado na OPA de Joe Berardo sobre o Benfica SAD, veio-me à memória a frase de Richard Branson, o dono da Virgin, quando lhe perguntaram como é que uma pessoa se pode tornar milionária:
"Start as a billionaire and then buy an airline"

Da mesma fonte, há outra receita para conseguir ser milionário: "Borrow fivers off everyone you meet"

19 de junho de 2007

Vergonha é...

Hoje, toda a gente quer falar com a China. E não se pode dizer nada à China; os chineses não toleram bem a crítica. Não é assim que eles funcionam. As coisas têm que ser feitas de outra forma. Cooperamos, comerciamos, conferenciamos e, volta e meia, lá deixamos cair um comentariozinho:
"Sabem, não queremos intervir, não levem a mal, não se zanguem - mas talvez pudessem pensar um bocadinho em termos de direitos humanos. Bom, mas vejam lá. Se calhar não é oportuno falar disso agora. Podemos falar nisso daqui a quatro anos."
É uma vergonha, mas é assim. Hoje, é a Europa e não a China quem tem pudor e vergonha em falar, por exemplo, no massacre de Tiananmen.
A Europa que se considera culta, moderna, inteligente, sofisticada, esclarecida, preocupa-se com a pena de morte nos EUA, mas não em África ou na China. É que a China está tão na moda como está na moda dizer mal dos EUA e de Bush. E, enquanto os cães ladram, a caravana passa: das 1591 execuções registadas em 2006, 1010 tiveram lugar na China. Por comparação, os EUA registaram 56, estando em 6º lugar no ranking.

As tangas do Ricardo (43)

A Carolina (6) normalmente adormece entre as 21h e as 22h. O Ricardo (3) dificilmente adormece antes da meia-noite. De manhã, a dificuldade em levantá-los é mais ou menos igual. Ontem, o Ricardo esteve acordado até à uma e meia da manhã. "Sai ao pai", segundo me dizem...

15 de junho de 2007

A resposta

Joe Berardo responde a quem diz que ele só pensa com a carteira: às vezes, Joe Berardo tem razões que a carteira desconhece...

9 de junho de 2007

O Hilton de Paris

A Paris Hilton foi recambiada de novo da sua mansão em Hollywood para a cadeia. Parece que este ano a moda vão ser listas brancas e pretas...